
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou a aposentadoria compulsória de um juiz que estava sob investigação por supostamente vender sentenças. A decisão foi tomada após a descoberta de R$ 1,7 milhão em espécie guardados no sótão de sua residência.
O magistrado, cujo nome não foi divulgado, já vinha sendo acompanhado pelas autoridades devido a denúncias de irregularidades em suas decisões judiciais. A quantia encontrada em sua casa levantou suspeitas ainda maiores sobre a origem do dinheiro.
Investigação e descoberta do dinheiro
As investigações começaram após denúncias anônimas que apontavam para possíveis acordos ilícitos envolvendo o juiz. Durante uma busca e apreensão em sua residência, os agentes encontraram o montante escondido no sótão, em malas e caixas.
"A quantia encontrada é incompatível com os rendimentos declarados pelo magistrado", afirmou um representante do TJ-SP. O caso agora será encaminhado para o Ministério Público, que decidirá sobre a abertura de um processo criminal.
Repercussão no Judiciário
A aposentadoria compulsória foi vista como uma medida necessária para preservar a integridade do Poder Judiciário. "Essa decisão reforça o compromisso do TJ-SP com a transparência e a ética", declarou um porta-voz do tribunal.
O caso também reacendeu o debate sobre a necessidade de maior fiscalização sobre os magistrados, especialmente em casos onde há indícios de enriquecimento ilícito.
Próximos passos
Além da aposentadoria, o juiz poderá responder por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dependendo do resultado das investigações. O TJ-SP afirmou que continuará colaborando com as autoridades para esclarecer todos os fatos.
Enquanto isso, a sociedade aguarda ansiosamente por mais informações sobre um caso que expõe falhas graves no sistema judiciário brasileiro.