
Era uma noite aparentemente comum em São Joaquim da Barra, aquela tranquilidade típica do interior que esconde histórias que nem mesmo os melhores roteiristas conseguiriam inventar. Mas o silêncio foi quebrado por labaredas que iluminaram o céu — e reacenderam um caso que já tinha dado o que falar.
O supermercado pertencente a José Carlos de Oliveira, atualmente detido sob suspeita de ter assassinado o próprio irmão numa briga por herança, simplesmente pegou fogo. E não foi pouco. As chamas consumiram boa parte do estabelecimento comercial, levantando mais perguntas do que respostas numa comunidade que ainda tentava digerir o crime familiar que chocou a região.
Uma tragédia após outra
Os bombeiros chegaram por volta das 22h30 de terça-feira, mas o fogo já estava — como se diz por aqui — feito numa brasa. Quatro viaturas e treze homens trabalharam por horas para controlar as chamas que ameaçavam destruir completamente o patrimônio do suspeito.
E pensar que tudo começou com uma discussão familiar. José Carlos, de 56 anos, está preso desde setembro, acusado de matar o irmão Wellington, de 54, a pauladas. O motivo? Uma herança de aproximadamente R$ 500 mil que deixaria qualquer um de cabelo em pé.
O que restou das chamas
O estrago foi considerável — e isso é putting it mildly. A área de vendas, os estoques, tudo virou cinzas. Os funcionários que ainda trabalhavam no local praticamente perderam o emprego da noite para o dia. Uma tragédia que se soma a outra, criando um daqueles enredos que daria um ótimo filme, se não fosse a vida real com consequências reais.
A Polícia Civil, que já investigava o homicídio, agora tem mais um quebra-cabeça para montar. Incêndio criminoso? Coincidência? Tentativa de destruir provas? Ninguém sabe ao certo, mas as especulações já correm soltas pela cidade.
Enquanto isso, a família — já dilacerada por uma perda trágica e agora por mais essa — assiste impotente ao desenrolar de eventos que parecem saídos de um romance policial. Só que, infelizmente, essa história é bem real, e as consequências, irreversíveis.