
Um caso chocante de morosidade do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo está revoltando a família de um zelador que morreu carbonizado em um incêndio. Quase um ano após a tragédia, o corpo da vítima ainda não foi liberado para sepultamento.
Família em desespero
Os parentes do zelador, que preferiram não se identificar, relatam o sofrimento de esperar quase 12 meses pelo direito de enterrar seu ente querido. "É desumano", desabafa um familiar. "Todo dia a gente liga, mas sempre dizem que falta algum documento ou que o processo está em análise."
O que diz o IML?
Procurado pela reportagem, o IML de São Paulo afirmou que o caso está "em fase final de conclusão" e que a demora se deve à "complexidade das perícias necessárias". No entanto, não explicou por que outros casos semelhantes costumam ser resolvidos em menos tempo.
Problema recorrente
Especialistas em direito médico-legal apontam que este não é um caso isolado:
- Falta de profissionais qualificados
- Excesso de burocracia
- Infraestrutura precária
- Acúmulo de casos
O Conselho Regional de Medicina já foi acionado sobre o caso, mas até o momento não se manifestou oficialmente.
Repercussão política
Vereadores de São Paulo anunciaram que vão cobrar explicações da Secretaria de Segurança Pública sobre o funcionamento do IML. "É inaceitável que famílias sofram tanto além da dor da perda", declarou um parlamentar.