Roberto Franceschetti Chora ao Enfiar o Pé no Tribunal: Emoção à Flor da Pele no Júri Pela Morte de Cláudia Lobo
Franceschetti chora ao chegar no júri popular

Os pés pesados, o coração na mão. Roberto Franceschetti chegou ao Fórum de São Vicente, na capital paulista, e a emoção simplesmente vazou pelos olhos. Não deu para segurar. Naquele corredor de tribunal, diante de câmeras e olhares curiosos, as lágrimas rolaram livremente enquanto ele encarava o que talvez seja o dia mais decisivo de sua vida.

O júri popular — aquela máquina imprevisível da justiça — está montado para julgar se ele teve participação na morte trágica de Cláudia Rodrigues Lobo, sua ex-mulher. A defesa, é claro, garante que não passou de um acidente doméstico terrível. Já o Ministério Público aponta dedo acusador: homicídio doloso, com a agravante de que a vítima era mulher.

O Drama nos Corredores da Justiça

Não foi um choro de cinema, daqueles exagerados. Foi contido, quase envergonhado. Franceschetti usava uma máscara branca — dessas que todo mundo ainda anda por aí usando — mas os olhos não mentem. Vermelhos, inchados. Dava para ver o peso dos anos desde aquela tarde de 25 de agosto de 2017, quando Cláudia foi encontrada sem vida no apartamento do casal, no bairro do Morumbi.

Que cena, meu Deus. O advogado dele, João Francisco de Azevedo, tentou abrir caminho no meio da multidão de repórteres. "Por favor, deem espaço", pedia, enquanto seu cliente caminhava devagar, como se cada passo doesse.

Duas Versões, Um Mistério

O caso é daqueles que dividem opiniões. De um lado, a defesa sustenta que Cláudia sofreu uma queda fatal — bateu a cabeça na quina de um móvel durante uma discussão. Acidente, apenas um trágico acidente.

Do outro, a acusação pinta um quadro bem diferente: violência doméstica que terminou em morte. E tem mais — segundo as investigações, Franceschetti teria tentado simular suicídio, colocando a vítima no boxe do banheiro com uma faca por perto.

Parece coisa de filme, mas é a vida real com consequências reais. O laudo do IML apontou traumatismo craniano como causa da morte, mas o contexto... ah, o contexto é que faz toda a diferença.

Um Longo Caminho Até Aqui

Oito anos se passaram. Oito! Imagine carregar esse peso todo esse tempo. Franceschetti chegou a ser preso preventivamente logo após o ocorrido, mas conseguiu responder em liberdade depois de um habeas corpus.

Agora, o momento da verdade finalmente chegou. Sete jurados — pessoas comuns como eu e você — vão decidir o destino desse homem. Eles vão ouvir testemunhas, examinar provas, tentar separar fato de ficção nessa história complicada.

O tribunal está armado. As testemunhas de acusação e defesa estão prontas para falar. E no centro de tudo isso, um homem que chorou ao chegar — será de remorso, de medo, ou de ambas as coisas?

A justiça, como sempre, tentará costurar a verdade a partir de fios quebrados. E nós, espectadores, ficamos nos perguntando: quantas histórias como essa se repetem todos os dias, sem que a gente fique sabendo?