
A vida dá voltas que ninguém espera. Quem diria que o ex-vereador Valdir de Mesquita, figura conhecida nos círculos políticos de Feira de Santana, acabaria atrás das grades por causa de um trágico acidente de trânsito? Pois é, a Justiça baiana acabou de decidir: ele vai continuar na cadeia.
O caso, que chocou a cidade no último dia 3, ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira. O desembargador Lidivaldo Britto, do Tribunal de Justiça da Bahia, manteve a prisão preventiva de Mesquita. A defesa do ex-político tentou de tudo — alegou que ele não representava risco para a investigação, que tinha endereço fixo, que colaborava com as autoridades — mas não convenceu.
O que realmente aconteceu naquela tarde?
O acidente foi daqueles que deixam a gente pensando na fragilidade da vida. Por volta das 16h30 de quinta-feira, na movimentada Avenida João Durval Carneiro, o carro do ex-vereador colidiu com uma moto. O motociclista, um homem de 47 anos, não resistiu aos ferimentos. Morreu no local.
Testemunhas contam que a cena foi desoladora. O silêncio que se seguiu ao impacto, o desespero de quem presenciou tudo, a sensação de impotência diante da morte. São momentos que marcam uma comunidade inteira.
Por que a prisão foi mantida?
O desembargador foi categórico em sua decisão. Ele considerou que existiam, sim, elementos concretos que justificavam a manutenção da prisão. O risco para a ordem pública — algo que muita gente esquece quando se trata de figuras públicas — pesou bastante na balança.
"A autoridade judicial de primeiro grau bem fundamentou sua decisão", afirmou Britto. Traduzindo: o juiz que decretou a prisão inicial acertou em cheio, na visão do Tribunal.
Ah, e tem mais um detalhe importante: o ex-vereador já responde a outro processo por embriaguez ao volante. Coincidência? O histórico não ajuda em nada sua situação.
E agora, o que esperar?
Enquanto a família do motociclista morto tenta reconstruir a vida sem seu ente querido, Mesquita permanece custodiado na Delegacia de Plantão Zona Norte. A defesa, é claro, não desistiu. Eles ainda podem recorrer — a batalha jurídica está longe de terminar.
O caso serve como um daqueles alertas que a vida nos dá. Mostra que ninguém está acima da lei, independentemente de cargo, influência ou passado político. A Justiça, ainda que lentamente, segue seu curso.
Feira de Santana acompanha atenta cada desenvolvimento. Afinal, não é todo dia que uma figura pública da cidade se envolve em uma tragédia dessas proporções. O que virá pela frente? Só o tempo — e os tribunais — poderão dizer.