
A notícia chegou como um soco no estômago para muitos moradores de Ponta Grossa. Na manhã desta quarta-feira, um ex-vereador — alguém que já ocupou espaço no cenário político local — foi algemado em sua própria casa.
A cena foi digna de filme policial, mas infelizmente era a pura realidade. Agentes da Delegacia da Mulher executavam um mandado de prisão preventiva contra esse antigo representante público, agora acusado de um crime que deixa qualquer pessoa com os nervos à flor da pele: estupro.
Do plenário à cela
Imagino o que deve passar pela cabeça de alguém que já debateu leis e representou uma comunidade, agora sendo conduzido como réu. A ironia é amarga, pra dizer o mínimo. O indivíduo em questão — cujo nome vou omitir por questões legais, mas que já foi votado por centenas de pessoas — responde a um processo que corre em segredo de justiça.
A Polícia Civil, diga-se de passagem, agiu com impressionante eficiência. O mandado saiu da 2ª Vara Criminal do Fórum de Ponta Grossa e foi cumprido sem delongas. Parece que a justiça, ainda que lentamente, está mostrando suas garras.
Um caso que não pode ser esquecido
O que mais me deixa pensativo — e confesso, um tanto revoltado — é o abuso de confiança envolvido. Não se trata de um desconhecido, mas de alguém que já teve responsabilidade pública. A vítima, segundo as investigações, teria sido violentada justamente quando mais precisava de proteção.
E agora ele está atrás das grades, onde muitos diriam que merece estar. A defensoria pública já foi acionada, mas duvido que encontre muitas brechas nesse caso. As evidências, segundo fontes próximas ao inquérito, são bastante contundentes.
Enquanto isso, nas ruas de Ponta Grossa, o burburinho é grande. "Quem diria", comentava uma senhora na fila do pão. "A gente vota, confia, e depois descobre essas coisas". A decepção, parece, é geral.
O que esperar dos próximos capítulos
O ex-político deve permanecer na cadeia até que todas as questões processuais sejam resolvidas. E algo me diz que essa história ainda vai dar muito o que falar — infelizmente para as piores razões possíveis.
Cases como esse servem de alerta. Mostram que cargos públicos não tornam ninguém imune à lei, e que crimes sexuais — esses sim — estão sendo tratados com a seriedade que merecem. Um pequeno consolo num mar de indignação.