Ex-carcereiro condenado por assassinato de jovem é preso ao se apresentar na Corregedoria em Ribeirão Preto
Ex-carcereiro condenado por assassinato é preso em RP

Eis que a Justiça, aquela senhora de olhos vendados que às vezes parece cochilar, acorda de repente. Nesta quarta-feira, um ex-carcereiro que carregava no currículo uma condenação pesada - 21 anos de cana - resolveu dar as caras na Corregedoria da Polícia Civil em Ribeirão Preto. Só que o passeio não foi nada voluntário, não.

O sujeito, cujo nome a gente omite por questões legais mas que você provavelmente não gostaria de encontrar num beco escuro, tinha uma conta pendente com a lei. E que conta! Lá em 2018, ele decidiu que seria juiz, júri e carrasco de um jovem na flor da idade. O crime, brutal como poucos, aconteceu no Jardim João Rossi, um bairro que certamente não merecia essa mancha.

A longa espera pela Justiça

Quase sete anos se passaram. Sete anos de luto para uma família, sete anos de vida normal para o condenado - que aparentemente achou que tinha escapado. O tempo, esse velho trambiqueiro, às vezes faz a gente pensar que crimes ficam no passado. Engano fatal.

O tal ex-agente penitenciário foi condenado em 2022 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A sentença: 21 anos na penitenciária, regime inicial fechado. Tipo de notícia que faz você pensar naquelas frases clichês sobre 'a roda da Justiça gira devagar, mas gira'. Só que dessa vez, ela girou.

O dia do acerto de contas

Imagine a cena: o homem chega na Corregedoria achando que ia resolver alguma burocracia chata. Talvez pensando em documentos, papeladas, aquelas coisas que enchem nossos dias. Só que a surpresa foi das grandes - e das desagradáveis, pelo menos para ele.

Os policiais, é claro, estavam esperando. Tinham o mandado de prisão em mãos, fresco como pão de padaria. Não deu tempo nem de dizer 'ué'. Foi algemado e levado direto para a cadeia, sem direito a choro nem vela.

E agora? Bem, o destino imediato dele é o CDP de Franca. Dali, vai seguir para o sistema penitenciário regular - aquele lugar que ele conhecia tão bem do outro lado das grades. Ironia do destino, não?

Reflexões de um crime sem sentido

O que leva um ex-carcereiro - alguém que deveria entender de leis e consequências - a cometer um assassinato? A pergunta fica no ar, ecoando naquele silêncio constrangedor que segue notícias como essas.

O jovem que perdeu a vida em 2018 não voltará. Mas pelo menos sua família pode ter algum consolo vendo que, depois de tanto tempo, a Justiça finalmente colocou as mãos no responsável. É pouco? Talvez. Mas é melhor que nada.

Ribeirão Preto, cidade normalmente conhecida pelo agronegócio e pela cultura do café, ganha mais um capítulo triste em sua história criminal. Uma daquelas histórias que a gente preferia não ter que contar.