Enfermeiro preso por falsificar receitas e desviar remédios controlados no interior de SP
Enfermeiro preso por falsificar receitas em SP

Imagine a cena: um profissional de saúde, alguém que deveria zelar pelo bem-estar dos pacientes, usando seu conhecimento para burlar o sistema. Foi exatamente isso que aconteceu em Santa Bárbara d'Oeste, no interior paulista, onde um enfermeiro de 38 anos viu sua carreira desmoronar diante de uma acusação grave.

A Polícia Civil prendeu em flagrante esse profissional — cujo nome ainda não foi divulgado — por suspeita de falsificar receitas médicas para comprar medicamentos controlados. E olha que o esquema era bem elaborado, diga-se de passagem.

Como funcionava o esquema

O enfermeiro, segundo as investigações, usava dados de pacientes reais para criar receitas falsas. Aí, munido desses documentos forjados, ia até farmácias da região adquirir remédios controlados. Uma verdadeira afronta ao sistema de saúde, não é mesmo?

Mas a pergunta que fica é: o que ele fazia com todos esses medicamentos? As autoridades suspeitam que parte fosse para uso próprio e outra para revenda no mercado ilegal. Um negócio que, convenhamos, coloca em risco a saúde de muita gente.

A operação que desmontou o golpe

A prisão aconteceu na última sexta-feira, durante uma operação minuciosa. Os policiais apreenderam:

  • Várias receitas médicas falsificadas — algumas tão bem feitas que enganariam qualquer um desatento
  • Comprovantes de compra de medicamentos
  • Anotações que detalhavam o modus operandi
  • Os próprios remédios desviados

O mais preocupante? Esse esquema vinha funcionando há meses, quiçá anos. Quantos pacientes tiveram seus dados usados sem consentimento? Quantos medicamentos sumiram do sistema dessa forma?

As consequências já começaram

O enfermeiro agora responde por dois crimes bem sérios: falsificação de documento público — no caso, as receitas — e aquisição irregular de medicamentos controlados. Se condenado, pode pegar até oito anos de prisão.

Mas vai além da questão legal. A confiança no sistema de saúde fica abalada quando um profissional age dessa forma. E digo mais: os pacientes que confiaram seus dados a esse enfermeiro devem estar se sentindo completamente violados.

A delegada responsável pelo caso foi enfática: "Estamos investigando se havia mais pessoas envolvidas no esquema". Ou seja, essa história pode ter mais capítulos pela frente.

Enquanto isso, o Conselho Regional de Enfermagem já se manifestou, afirmando que acompanha o caso e que, se comprovadas as irregularidades, o profissional será cassado. Fim da linha para quem achou que poderia brincar com a saúde alheia.