
A vida às vezes prega umas coincidências que dão arrepio. Naquele domingo, 5 de outubro, o advogado caminhava tranquilo pela Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, no charmoso Higienópolis, quando tudo mudou. Do nada, um homem se aproximou com intenções que iam muito além de pedir informações.
O que se seguiu foi puro caos. O tal indivíduo — identificado depois como Wallace Roger Pereira da Silva — não quis apenas roubar. Ele partiu para a agressão física, deixando a vítima com lesões que exigiam aquele tipo de atendimento médico que ninguém gosta de precisar.
Histórico que assusta
Aí é que a coisa fica ainda mais sinistra. Esse mesmo Wallace, segundo os registros da 3ª Vara Criminal Central de São Paulo, já tinha uma condenação de cinco anos de reclusão por um crime… adivinhem? Roubo contra uma advogada! Isso mesmo, em 2022 ele praticamente repetiu o script, só que com uma profissional diferente.
Parece roteiro de filme, mas é a pura realidade. O cara tinha um alvo preferencial, ou foi mera coincidência? Difícil acreditar nessa segunda opção.
A decisão judicial
Diante desse histórico, a Justiça não pensou duas vezes. O juiz Rafael de Pieri Tasca, analisando o caso, decretou a prisão preventiva do acusado. Os motivos? Eles saltam aos olhos de qualquer um:
- Risco concreto à ordem pública — afinal, ninguém merece andar com medo nas ruas
- Perigo à segurança da comunidade — especialmente para os profissionais do direito, pelo visto
- Alta probabilidade de reincidência — que já estava mais que demonstrada
O magistrado foi direto ao ponto: "A reiteração delitiva demonstra que o custo social da soltura seria altíssimo". Traduzindo: soltar esse cara seria praticamente dar carta branca para novos crimes.
O que isso revela?
Essa história deixa a gente pensando sobre várias coisas. Como um indivíduo condenado a cinco anos já está nas ruas cometendo basicamente o mesmo crime? O sistema está funcionando direito? São perguntas que incomodam, e com razão.
O caso aconteceu num daqueles bairros que todo mundo acha seguro, mostrando que a violência não respeita CEP. E pior: que alguns criminosos parecem ter mesmo uma certa… especialização em suas vítimas.
Enquanto isso, a população fica se perguntando quantos "Wallaces" andam por aí, repetindo seus crimes enquanto a Justiça tenta correr atrás do prejuízo. Uma corrida que, muitas vezes, parece injustamente desleal.