
O Acre acordou sob um manto de perplexidade e indignação. Parece que a violência, aquela que a gente sempre acha que acontece só com os outros, resolveu bater à porta aqui mesmo, no nosso quintal. E o que era para ser um final de semana tranquilo transformou-se em pesadelo.
Regis Fernandes — professor de dança, figura conhecida e querida na comunidade — foi encontrado morto de forma brutal. O corpo estava numa cova rasa, sabe? Daquelas que dão arrepios só de pensar. A Polícia Civil confirmou a identidade através de exames de arcada dentária, um detalhe macabro que só aumenta o horror da situação.
Os Últimos Passos de uma Vida que Parou de Repente
O que se sabe até agora é que Regis saiu de casa no sábado, dia 28 de setembro, por volta das 19h. Foi para uma aula de dança, como fazia regularmente. A família, aquela angústia que só quem já passou por algo parecido consegue entender, ficou extremamente preocupada quando ele não voltou e não atendia as ligações.
No domingo, o pior dos temores se confirmou. Um corpo foi encontrado — e aqui a coisa fica ainda mais sinistra — numa área de mata na Ramal do Incra, na região do Segundo Distrito de Rio Branco. Uma cova rasa, gente. Mal disfarçada, como se o autor não tivesse nem mesmo o trabalho de esconder direito seu crime hediondo.
A Investigação: Peças de um Quebra-Cabeça Aterrorizante
A Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu o caso e já está trabalhando a todo vapor. Eles coletaram imagens de câmeras de segurança da região — aqueles olhos eletrônicos que hoje em dia testemunham tanto coisa banal quanto tragédias.
O delegado Uelinton Monteiro, que está à frente das investigações, foi direto ao ponto: "Temos fortes indícios de que se trata de um homicídio". A perícia no local do crime foi concluída na segunda-feira, e agora os investigadores correm contra o tempo para desvendar esse mistério que está deixando todo mundo com o coração na mão.
O Homem por Trás do Caso
Regis não era apenas mais uma vítima de estatística. Era um professor de dança de 46 anos, conhecido por seu trabalho em várias comunidades carentes de Rio Branco. Ensinava forró, sertanejo — aquelas danças que fazem o povo se encontrar, se divertir, viver.
Tinha uma filha. Uma família. Uma vida que foi interrompida de forma tão violenta e inexplicável. A irmã dele, que preferiu não se identificar — e quem pode culpá-la, né? — desabafou: "Ele era uma pessoa muito querida, muito tranquila, não tinha inimigos".
O Silêncio que Grita
Até o momento, a polícia não tem suspeitos. Nenhum motivo aparente. Nada que explique por que alguém faria algo tão horrível com uma pessoa que, pelos relatos, só espalhava alegria através da dança.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde será realizado o exame de necropsia. Talvez aí surjam algumas respostas. Ou talvez não — às vezes a violência é tão aleatória, tão sem sentido, que nem a ciência consegue explicar.
Enquanto isso, a comunidade artística e cultural do Acre está em luto. Como pode alguém que dedicou a vida a ensinar a beleza do movimento ter seu próprio movimento finalizado de forma tão cruel?
O caso Regis — porque agora já ganhou essa alcunha sinistra — segue aberto. E uma pergunta ecoa pelas ruas de Rio Branco: quem faria algo assim? E por quê?