Advogado preso na Bahia com plantação de maconha em casa: 'Cultivo para uso próprio'
Advogado preso com plantação de maconha em casa na BA

Eis que a rotina tranquila de um condomínio nobre em Salvador foi interrompida por uma cena no mínimo inusitada nesta quarta-feira (21). Um advogado, profissional do direito — ironia das ironias — foi surpreendido pela polícia com uma plantação caseira de maconha right dentro de casa.

Nada daquelas plantinhas tímidas num vaso escondido. A Polícia Civil baiana encontrou nada menos que sete pés de Cannabis sativa em pleno desenvolvimento, mais uma porção da planta já seca e pronta para o consumo. O cenário, digno de uma série policial, se desenrolou num apartamento de classe média alta.

O defensor? Alegou, vejam só, que tudo aquilo era estritamente para seu uso pessoal. Um argumento que, convenhamos, soa um tanto quanto frágil diante de uma mini fazenda urbana. A operação, que teve mandado de busca e apreensão devidamente autorizado, não deixou dúvidas: aquele não era um hobby comum como cultivar orquídeas ou suculentas.

O que a lei diz sobre isso?

O Brasil ainda encara o cultivo para uso próprio com lentes bem severas, mesmo que a discussão sobre descriminalização avance a passos lentos nos tribunais superiores. A justiça baiana, por sua vez, não fez rodeios: o advogado foi direto para a cadeia, autuado em flagrante por tráfico de drogas. Uma queda brutal para alguém que deveria zelar pela lei.

O caso levanta, claro, aquela pulga atrás da orelha de sempre: até que ponto o Estado deve interferir no que um cidadão faz entre quatro paredes? Mas também escancara o risco — e a contradição — de um operador do direito cruzar tão descaradamente para o lado da ilegalidade.

Ele segue preso, aguardando seu destino nas teias do judiciário. E a pergunta que fica, ecoando nos fóruns e bares de Salvador: foi um ato de rebeldia, um descuido monumental ou apenas mais um capítulo do famoso 'faroeste caboclo'? Só o tempo — e o processo — dirão.