
Imagina a cena: um homem, supostamente envolvido com o tráfico, simplesmente se aproxima da autoridade e pede para ser detido. Pois é exatamente isso que aconteceu em Linhares, e confesso que é uma daquelas situações que faz você coçar a cabeça e pensar "será que ouvi direito?".
Na última terça-feira, por volta das 22h, a rotina da Guarda Municipal ganhou um capítulo digno de roteiro de cinema. Dois guardas faziam aquela vigilância de sempre no bairro Canivete quando, do nada, um homem de 31 anos se aproximou. Não era para reagir, não era para fugir - era justamente o contrário.
"Pode me prender" - essa foi basicamente a mensagem que ele passou. Detalhe: o sujeito ainda estava com uma mochila, e adivinha só o que tinha dentro? Drogas. Muita droga, para ser mais exato.
O que a mochila escondia
Quando os guardas revistaram a tal mochila, encontraram um verdadeiro arsenal de entorpecentes. Estamos falando de:
- 46 porções de crack
- 17 pinos de cocaína
- 8 porções de maconha
- R$ 145 em dinheiro
- Dois celulares
- Uma balança de precisão
Não é pouca coisa, né? Dá para imaginar o susto dos guardas - esperando o pior, e se deparam com um pedido de prisão.
Mas por que raios alguém faria isso?
Aqui é que a coisa fica ainda mais interessante. Segundo fontes, o homem estava com "medo de represálias de outros criminosos". Parece que o ambiente do tráfico, com toda aquela violência e pressão constante, simplesmente pesou demais na consciência dele.
É como se ele tivesse chegado naquele ponto de "chega, não aguento mais". A prisão, ironicamente, parecia uma saída mais segura do que a liberdade. Dá para entender? É complicado, mas faz um certo sentido se você parar para pensar na loucura que é o mundo do crime.
Os guardas, é claro, atenderam ao pedido - ainda que atônitos com a situação. O homem foi levado para a delegacia, e agora responde por tráfico de drogas. O caso segue sob investigação, mas já rendeu um dos episódios mais inusitados dos últimos tempos no Espírito Santo.
Quem diria, hein? Às vezes a realidade realmente supera a ficção. E isso me faz pensar: quantas histórias assim acontecem por aí e a gente nem fica sabendo?