
Imagine a cena: você marca um encontro romântico, prepara tudo, até oferece um lanche — e no fim descobre que caiu numa armadilha perfeitamente armada. Foi exatamente isso que aconteceu com um professor de 39 anos em São José do Rio Preto, numa noite que começou com promessas e terminou em prejuízo.
O caso, que parece roteiro de filme, aconteceu na última quarta-feira (2) e deixou a vítima sem carro, documentos e celular. Tudo começou nas redes sociais — onde hoje em dia tantas histórias começam e, infelizmente, algumas terminam mal.
O encontro que virou pesadelo
O professor — vamos chamá-lo de Rafael para preservar sua identidade — achou que tinha encontrado alguém interessante online. Conversaram, combinaram de se encontrar na casa dele, no Jardim das Azaléias. Tudo parecia normal, sabe? Até aí, nada que chamasse atenção.
Mas aí vem a parte que faz a gente pensar: o tal "convidado" chegou e, antes mesmo de começarem a conversar direito, pediu comida. "Estou com fome", disse. E Rafael, sendo a boa pessoa que aparentemente é, não só concordou como foi além: ofereceu coxinha. Sim, aquela coxinha crocante que todo mundo adora.
Enquanto o professor estava distraído na cozinha esquentando o lanche — prestando um serviço de hotel cinco estrelas, diga-se de passagem — o sujeito agiu. E como agiu!
O sumiço que deixou rastros
Quando Rafael voltou com as coxinhas quentinhas, o homem havia simplesmente evaporado. E não foi só ele que desapareceu:
- O carro do professor — um Hyundai HB20 — sumiu da garagem
- A carteira com todos os documentos foi junto
- O celular também entrou na lista dos desaparecidos
Detalhe macabro: as chaves do carro estavam dentro da própria residência. O golpista deve ter achado que tinha ganho na loteria — e sem precisar do sorteio.
O que me faz pensar: será que a coxinha era muito boa e ele quis garantir que não seria interrompido durante o furto? Brincadeiras à parte, a situação é séria.
A corrida contra o tempo
Imagina o desespero? Rafael precisou pedir ajuda dos vizinhos para acionar a polícia. Não tinha como ligar — o telefone estava com o meliante. Deve ter sido aqueles momentos de pura angústia, daqueles que a gente só entende se já passou por algo parecido.
O Boletim de Ocorrência foi registrado no 3° DP, e agora a Polícia Civil investiga o caso. Eles suspeitam que o criminoso já tenha aplicado golpes similares antes — a frieza com que executou tudo indica certa... experiência, digamos assim.
Ah, e detalhe que não pode passar batido: o carro foi localizado horas depois, mas — adivinhem — sem a carteira e sem o celular. Só o veículo, que provavelmente foi usado para dar uma voltinha pelo cidade antes de ser abandonado.
Lições que doem no bolso
O caso serve como alerta para todos nós. Num mundo onde marcamos encontros com pessoas que mal conhecemos, é preciso:
- Desconfiar quando a pressa for muita
- Manter objetos de valor longe de estranhos
- Pensar duas vezes antes de receber desconhecidos em casa
E talvez a lição mais dolorosa: nem sempre oferecer comida é sinal de boa educação — às vezes é só ingenuidade mesmo.
O professor aprendeu da pior maneira que alguns dates saem caro — muito mais caro que uma porção de coxinhas. E o pior: o gosto amargo que fica depois que a ilusão do encontro perfeito se desfaz.
Que fique o alerta: nas redes sociais, nem tudo é o que parece. E às vezes, o preço da confiança pode ser seu carro, seus documentos e — por que não dizer? — sua dignidade.