Parece que a coragem de alguns indivíduos não conhece limites, ou talvez seja pura falta de juízo mesmo. Nessa terça-feira (19), por volta do meio-dia – horário em que a cidade fervilha –, um sujeito decidiu que era uma boa ideia furtar a moto de um policial militar. Sim, você leu certo. A vítima era justamente um PM, o cabo Alisson Santos, que estava de folga na ocasião.
O cenário foi o bairro de Pernambués, em Salvador. O policial havia estacionado sua Honda CG 150 Titan, placa da Bahia, em frente à casa da mãe dele. Mal deve ter imaginado que, em questão de minutos, um criminoso daria o bote. As câmeras de segurança flagraram toda a cena, que beira o surreal.
O meliante, que agia com uma tranquilidade que impressiona – ou preocupa –, se aproximou do veículo como se não houvesse amanhã. Usando uma chave de fenda, ele simplesmente forçou o compartimento do guidão e fez a ligação direta, a famosa «gata». Em um piscar de olhos, sumiu com a moto. A cara de pau, meu Deus.
O que ele não contava...
O que esse cidadão, identificado posteriormente como José Carlos de Jesus, de 31 anos, não poderia prever era a velocidade da resposta. O dono da moto é justamente um homem treinado para reagir a esse tipo de situação. O cabo Alisson acionou a Central de Comando e Controle da PM quase que instantaneamente.
E olha, a eficiência foi digna de filme. Usando as imagens das câmeras e, claro, o rastreamento por satélite que estava instalado no veículo – detalhe crucial que o ladrão ignorou –, as viaturas localizaram o suspeito em tempo recorde. Menos de vinte minutos depois, ele já estava encurralado no bairro vizinho, o São Caetano.
Nada como cometer um crime e ser pego quase na hora, não é? A moto foi recuperada intacta, e José Carlos não teve muito o que argumentar. Preso em flagrante por furto, ele agora responde pelo crime. A Justiça, como se sabe, é lenta, mas nesse caso foi rápida e eficaz.
Um recado claro?
O caso, além de absurdo, serve como um daqueles alertas bizarros. Se nem a propriedade de um policial está segura, imagina a do cidadão comum? É para fazer a gente pensar na ousadia do crime e na importância de medidas de segurança, por mais básicas que sejam.
O 20º Batalhão da PM, que ficou responsável pelo ocorrido, registrou o fato e seguiu o protocolo. O preso foi levado para a delegacia, e a moto devolvida ao seu legítimo – e aliviado – dono. A sensação de impunidade, dessa vez, levou um choque de realidade. Resta saber se outros criminosos vão aprender a lição.
