Que absurdo! A Polícia Militar de Meio Ambiente de Minas Gerais acabou de desmantelar um esquema que daria arrepios em qualquer amante dos animais. A operação, realizada nesta quarta-feira em Belo Horizonte, revelou uma situação que beira o inacreditável.
Imagina só: um filhote de jacaré — sim, você leu direito — foi enviado através dos correios como se fosse uma encomenda qualquer. O bichinho, que mal tinha tamanho para assustar uma lagartixa, estava entre os animais resgatados de uma residência no bairro São Paulo, região Leste da capital mineira.
O que a polícia encontrou
A lista de animais apreendidos é daquelas que faz a gente questionar a humanidade de algumas pessoas. Além do pequeno jacaré, os policiais encontraram:
- Dois saguis — aqueles macaquinhos que todo mundo acha fofo, mas que são selvagens, não bichinhos de estimação
- Um jabuti, vivendo longe de seu habitat natural
- Duas corujas, que deveriam estar voando livres sob as estrelas, não presas em cativeiro
- E um curió, pássaro cantor que é um dos mais visados pelos traficantes
O mais revoltante? A maioria desses animais estava sendo mantida em condições totalmente inadequadas, sem a menor estrutura para seu bem-estar. Parece que algumas pessoas ainda não entenderam que animal silvestre não é enfeite de casa.
O destino do jacaré postal
O filhote de jacaré — que, convenhamos, deve ter tido uma viagem terrível dentro de uma caixa de correio — foi encaminhado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Lá, os especialistas vão avaliar sua saúde e, se possível, prepará-lo para voltar à natureza. Os outros animais também seguiram o mesmo caminho, recebendo os cuidados que merecem depois de tanto tempo em cativeiro ilegal.
E olha que interessante: os policiais contaram que o jacaré foi enviado de Goiás para Belo Horizonte. Quem diria que os correios, que normalmente entregam cartas e pacotes, teria que lidar com um réptil como se fosse uma simples encomenda da Amazon?
E agora, o que acontece?
O responsável por essa coleção particular ilegal vai responder por crime ambiental. A lei é bem clara sobre isso: manter animais silvestres em cativeiro sem autorização é contra a lei, ponto final.
E não é só uma multinha, não. Estamos falando de detenção de seis meses a um ano, mais multa. A justiça leva isso a sério — e ainda bem!
O que me deixa pensando: será que as pessoas não percebem o sofrimento que causam a esses animais? Eles não foram feitos para viver em gaiolas ou quintais. A natureza é a casa deles, não a nossa.
Essa operação serviu como um alerta importante. Se você conhece alguém que mantém animais silvestres em cativeiro, denuncie. A linha verde do Ibama (0800 61 8080) está aí para isso. Afinal, proteger nossa fauna é dever de todos nós.
