
Imagine a cena: um senhor de 71 anos, aparentemente tranquilo, dirigindo pela movimentada BR-153 no Tocantins. Nada parecia fora do normal — até que a Polícia Rodoviária Federal resolveu dar uma olhada mais de perto no veículo. E foi aí que a história tomou um rumo digno de roteiro de cinema.
Dentro do carro, escondidas como se fossem tesouros de verdade, estavam 37 pedras verdes e 11 barras douradas. O visual? Impressionante. O valor? Quase zero. Era o que os especialistas chamam de "ouro de tolo" — pirita, um mineral que engana pela aparência, mas não vale praticamente nada no mercado.
O Golpe Perfeito — Ou Quase
O idoso, que nem sequer tinha documentação para transportar essas "preciosidades", confessou tudo. Ele estava levando a carga de Anápolis, em Goiás, direto para Marabá, no Pará. O destino final? Um comprador que, imagino, ficaria bastante decepcionado ao descobrir que havia investido em pedras sem valor.
O que me faz pensar: quantas pessoas já caíram nesse tipo de golpe? A pirita é famosa por enganar até olhos mais experientes — brilha como ouro, mas é só ilusão. Como diz o velho ditato, nem tudo que reluz é ouro. E essa história prova isso de forma bastante contundente.
As Consequências
O resultado não poderia ser diferente:
- Todo o material falso foi apreendido — afinal, não serve para nada além de enganar trouxas
- O idoso foi preso em flagrante por contrabando
- O carro também foi apreendido, evidentemente
- Ele foi levado para a cadeia pública de Gurupi
O que mais me impressiona nisso tudo é a audácia. Transportar uma carga dessas pela principal rodovia do país, sem nenhum documento que comprove a origem... ou o sujeito era muito corajoso ou muito ingênuo. Talvez um pouco dos dois.
Agora ele responde pelo crime de contrabando, e algo me diz que essa não é a primeira vez que esse tipo de golpe acontece por essas bandas. A PRF, é claro, cumpriu seu papel — mas fica o alerta para quem pensa em investir em "oportunidades" duvidosas envolvendo metais preciosos.
No final das contas, o único ouro verdadeiro nessa história toda foi o trabalho da polícia em evitar que mais alguém fosse enganado. O resto? Pura fantasia dourada.