Gato Preto 'Depõe' em Delegacia de SP após Bater Porsche e Vira Sensação na Internet
Gato preto 'depõe' na delegacia após bater Porsche em SP

Imagina só a cena: um Porsche, carro que é praticamente um símbolo de status, e seu protagonista inesperado — um gato preto, desses que supersticiosos torcem o nariz. Pois é, essa foi a combinação surreal que parou o trânsito e, logo em seguida, lotou as redes sociais de piadas e espanto nesta terça-feira (20) na Zona Sul de São Paulo.

O caso, digno de roteiro de filme de comédia, aconteceu na Avenida dos Bandeirantes. Segundo testemunhas — que ainda deviam estar se perguntando se não era miragem —, o felino simplesmente decidiu cruzar a via no momento absolutamente errado, se envolvendo numa batida com o carro de luxo. O susto foi geral, mas, pasme, o bichano saiu ileso, só com o ego um pouco arranhado, quiçá.

E aí a coisa ficou ainda mais surreal. A Polícia Militar chegou ao local e, não sabendo muito bem o que fazer com o 'envolvido' de quatro patas, decidiu levar o gato para a Delegacia Seccional da Área Sul, pra prestar... bem, um 'depoimento'? O que se seguiu foi uma sequência de eventos que misturou burocracia policial com puro entretenimento involuntário.

O 'Interrogatório' do Século

Dentro da delegacia, o clima era de perplexidade geral. O que se faz com um gato que 'causou' um acidente? O boletim de ocorrência registrava o felino não como suspeito, obviamente, mas sim como vítima do próprio ato de cruzar a rua. Os policiais, com um misto de profissionalismo e inevitável humor, conduziram a situação da única forma possível: garantindo o bem-estar do bichano.

Nada de algemas ou cela, graças a Deus. O 'depoimento' consistiu basicemante em verificar se o animal estava ferido, o que não estava, e tentar localizar um dono — que nunca apareceu. O gato, é claro, permaneceu em silêncio absoluto durante todo o 'interrogatório', exercendo seu direito constitucional à miação, digo, ao silêncio.

Sem conseguir identificar o tutor do animal, a polícia entrou em contato com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Eles é que assumiram a custódia do felino, que foi levado para exames de praxe. O Porsche, por sua vez, ficou com um belo de um arranhão — um prejuízo estético que deve doer no bolso do proprietário.

E a Internet, Como Não Podia Deixar de Ser, Pirou

É claro que uma história dessas não ficaria restrita ao boletim de ocorrência. As redes sociais foram tomadas por memes, brincadeiras e especulações. Teve gente dizendo que o gato era 'agente infiltrado', outros brincando que ele já estava de olho no Porsche há tempos. A hashtag #GatoDoPorsche chegou a trending topic, com usuários criando até perfis falsos para o felino, narrando sua 'versão' dos fatos.

O caso levanta, no meio de toda a zoeira, uma questão séria e bem real: a responsabilidade sobre animais domésticos no trânsito. Quem paga a conta? O dono, se for identificado, pode ser responsabilizado civilmente pelos danos. É um alerta para quem tem bichos de estimação e mora perto de vias movimentadas — telas e cercas adequadas não são um luxo, são uma necessidade.

No fim das contas, a história termina bem. O gato está são e salvo sob os cuidados do CCZ, aguardando ser resgatado por seu dono legítimo — se é que ele tem um — ou ser colocado para adoção. Já o dono do Porsche... bem, esse ficou só com o prejuízo e uma história maluca para contar no próximo churrasco. São Paulo, sempre nos surpreendendo, não é mesmo? Só nesta cidade pra um gato dar depoimento na delegacia. Coisa de cinema.