Imagine a cena: uma loja de materiais de construção, supostamente segura nas mãos da família, transformada em fonte de suprimentos para o vício. Pois é exatamente isso que aconteceu em Manacapuru, interior do Amazonas, num daqueles casos que deixam qualquer um de cabelo em pé.
Segundo a polícia, um jovem de 22 anos — cujo nome a gente omite por questões legais — foi flagrado furtando itens do próprio estabelecimento do pai. E não era qualquer coisa: ferramentas, equipamentos, tudo que tinha algum valor no mercado paralelo.
O que levou a essa descoberta?
Tudo começou com uma denúncia anônima. Alguém — talvez um cliente, talvez um conhecido — resolveu contar que via movimento estranho na loja fora do horário comercial. A Polícia Civil botou o pé no acelerador e, na última segunda-feira (15), prendeu o suspeito em flagrante. O rapaz, diga-se de passagem, nem tentou negar.
Eis que a motivação veio à tona: ele não roubava por necessidade financeira convencional. Não. As mercadorias eram a moeda de troca para adquirir drogas na região. Um barato que saía caro demais para a família.
Repercussão e investigações
O delegado responsável pelo caso, em entrevista coletiva, não escondeu a perplexidade. "É triste ver situações onde o vício destrói laços familiares tão fundamentais", comentou, com um tom de resignação que só quem lida com crime no dia a dia consegue ter.
O que mais choca nessa história toda é a frieza com que tudo foi executado. O jovem conhecia cada centímetro da loja, cada item de valor, cada brecha de segurança — afinal, era a casa dele, literalmente. E usou isso a favor do vício.
Agora, o caso segue sob investigação para descobrir possíveis cúmplices e para onde iam exatamente as mercadorias furtadas. Uma lição dura sobre como a dependência química pode distorcer até os laços mais básicos de confiança.
