Fábrica Clandestina de Cachaça em BH: Polícia Encontra Produção Caseira Armazenada em Caixas d'Água
Fábrica clandestina de cachaça em BH usava caixas d'água

Imagine abrir a porta de uma casa comum, daquelas de subúrbio, e se deparar com uma cena digna de filme policial. Foi exatamente isso que aconteceu com os agentes da Polícia Civil mineira nesta terça-feira, durante uma operação de rotina que acabou revelando uma operação clandestina de fazer inveja a qualquer produtor artesanal — só que completamente ilegal.

Lá estava ela: uma autêntica fábrica de cachaça caseira funcionando a pleno vapor dentro de uma residência aparentemente normal no bairro São Paulo, região Nordeste de Belo Horizonte. E o mais surreal? A bebida, que teoricamente deveria seguir rigorosos padrões de fabricação, era armazenada nada mais, nada menos que em caixas d'água comuns. Sim, você leu certo.

Operação Surpresa Revela Realidade Chocante

Por volta das 10h da manhã, os policiais chegaram ao local munidos com um mandado de busca e apreensão. O que encontraram superou qualquer expectativa. A produção caseira — que mais parecia uma improvisação perigosa — incluía diversos equipamentos rudimentares e, pasmem, cerca de 300 litros da bebida já prontos para consumo.

Os donos do estabelecimento improvisado, um casal na faixa dos 50 anos, tentaram argumentar que produziam apenas para consumo próprio. Só que a quantidade encontrada contava uma história bem diferente. Dá pra acreditar?

Riscos à Saúde Pública

O que mais preocupa nesses casos — e isso é assustador — é o total descaso com as condições sanitárias. Caixas d'água não são feitas para armazenar bebidas alcoólicas, muito menos para fermentação. O plástico pode liberar substâncias tóxicas, sem contar o risco de contaminação por bactérias.

Pense bem: você compraria uma bebida sabendo que foi produzida nessas condições? Eu certamente não.

Os policiais apreenderam tudo: os 300 litros de cachaça, os equipamentos de fabricação e as tais caixas d'água que serviam de "armazém". O casal foi levado para a delegacia e vai responder por crime contra as relações de consumo — um artigo sério do Código Penal que pode dar uma dor de cabeça danada.

Não é Isolado

O que muita gente não percebe é que casos como esse são mais comuns do que imaginamos. Só em Minas Gerais, estado tradicional na produção de cachaça de qualidade, a PolíCivil já desmantelou diversas operações similares só este ano.

E o pior: essa cachaça clandestina muitas vezes vai parar em bares e mercadinhos de bairro, onde é vendida como se fosse produto legalizado. Um perigo para a saúde pública que poucos consumidores percebem.

Agora o casal aguarda o julgamento enquanto a população se pergunta: quantas outras operações assim ainda funcionam escondidas pela cidade? É de dar calafrios, não é mesmo?