Imagine acordar e descobrir que uma verdadeira fortuna em grãos — literalmente — tomou conta da vegetação às margens da ferrovia. Foi exatamente isso o que aconteceu em Matão, no interior de São Paulo, depois que bandidos resolveram fazer um ‘arrastão’ sobre trilhos.
Na madrugada desta quinta-feira (21), criminosos arrombaram vários vagões de um trem de carga que transitava pela região. Não deu outra: toneladas de milho e soja, que seguiam para exportação, foram espalhadas por uma área de mata. A cena é digna de filme — só que de terror, para os produtores rurais.
Prejuízo milionário e trabalho hercúleo
Segundo a Rumo Logística, empresa responsável pelo transporte, o estrago foi grande. Muito grande. A carga perdida vale uma pequena fortuna, mas o pior mesmo é o trabalho para recolher tudo. Não é como varrer feijão no chão da cozinha, viu?
Equipes especializadas já estão no local, mas a previsão é que a limpeza leve até 15 dias. Isso mesmo: duas semanas catando grão por grão no meio do mato. É tipo encontrar agulha no palheiro, só que no caso, é palheiro no palheiro.
Ninguém foi preso… ainda
A Polícia Civil já abriu investigação para apurar o caso. Até agora, não há informações sobre suspeitos ou a destinação final do que foi levado. Será que iam virar farinha? Ou será que foi só para perturbar mesmo?
Uma coisa é certa: crimes contra o agronegócio não são brincadeira. Afetam a economia, os produtores e no fim das contas, o preço que a gente paga no mercado. E no meio disso tudo, quem se dá mal é sempre o mesmo: o trabalhador.
Enquanto a limpeza segue a passos lentos — e caros —, a pergunta que fica é: será que vai dar tempo de salvar algo? Ou o que não foi roubado já foi pro beleléu da natureza?
