
Paris, que sempre vendeu a imagem de cidade luz e amor, se viu mergulhada numa sombra densa de horror. Tudo começou, como tantas coisas ruins começam, com algo banal: um carro abandonado. Um Peugeot 208, para ser exato, simplesmente deixado numa das movimentadas ruas da capital francesa. Aparentemente, nada demais. Mas era demais.
Era 19 de agosto, um dia qualquer, quando a polícia decidiu rebocar o veículo. O que eles encontraram no porta-malas, no entanto, foi tudo menos comum. Não era lixo, não eram pertences roubados. Era uma mulher. E ela estava morta. A partir daí, os fios de uma teia assustadora começaram a se conectar.
O Fio da Meada e um Suspeito Sinistro
O homem preso, um cidadão francês de 37 anos, não era um desconhecido para as autoridades. Na verdade, ele já tinha uma ficha criminal – e que ficha. Condenado por um assassinato brutal em 2018, ele cumpria pena em liberdade condicional. Sim, você leu certo. Andava solto pelas mesmas ruas que você e eu.
Os investigadores, com aquele faro que só anos de experiência proporcionam, ligaram os pontos de uma maneira que parece roteiro de filme. Eles suspeitavam que o tal Peugeot poderia ter sido usado para… se livrar de outras vítimas. O Rio Sena, aquele cartão-postal romântico, tornou-se o centro de uma operação de busca macabra.
O Rio que Entregou os Segredos
E então veio a reviravolta que ninguém esperava, mas todos temiam. Mergulhadores especializados da polícia francesa foram acionados para vasculhar as águas escuras do Sena. E o rio entregou seus segredos. Dois corpos, amarras ainda visíveis, foram recuperados das profundezas. A cena, segundo fontes, era de partir o coração e revirar o estômago.
As vítimas? Duas mulheres, suas identidades ainda um mistério a ser desvendado. A descoberta transformou a investigação de um homicídio isolado na caça a um possível assassino em série. O suspeito, é claro, nega tudo. Mas as evidências – o carro, o histórico, os corpos – contam uma história diferente, e muito mais sombria.
O que se passa na cabeça de alguém capaz de algo assim? A pergunta ecoa nas ruas de Paris. A polícia agora trabalha contra o tempo para identificar as vítimas e entender o alcance completo dessa tragédia. Uma coisa é certa: o romantismo do Sena nunca mais será o mesmo.