
O Japão realizou nesta terça-feira a primeira execução por pena de morte desde 2022, marcando o retorno de uma prática que divide opiniões no país. O condenado, cuja identidade não foi divulgada, foi enforcado após ser considerado culpado por uma série de assassinatos que ganharam notoriedade nas redes sociais, especialmente no Twitter.
O caso, que chocou a população japonesa, envolveu crimes brutais cometidos pelo réu, que utilizou a plataforma digital para divulgar seus atos. As autoridades locais afirmaram que a execução foi realizada após esgotados todos os recursos legais disponíveis ao acusado.
Detalhes do crime que comoveu o Japão
Segundo informações oficiais, o criminoso foi responsável por pelo menos dois homicídios com requintes de crueldade. As vítimas, cujas identidades também foram preservadas, teriam sido escolhidas aleatoriamente, aumentando o clima de insegurança na região onde os crimes ocorreram.
O uso do Twitter para divulgar detalhes dos assassinatos tornou o caso ainda mais perturbador. Postagens feitas pelo criminoso, posteriormente deletadas pela plataforma, continham descrições gráficas dos crimes e ameaças a potenciais novas vítimas.
Pena de morte no Japão: como funciona?
O sistema judicial japonês mantém a pena capital para crimes considerados especialmente graves. Diferentemente de muitos países que aboliram a prática, o Japão segue aplicando a sentença máxima, principalmente em casos de homicídios múltiplos ou com extrema violência.
As execuções no país são realizadas por enforcamento e geralmente ocorrem sem aviso prévio aos condenados ou suas famílias. O Ministério da Justiça japonês não costuma divulgar detalhes sobre o processo, mantendo um sigilo que gera críticas de organizações de direitos humanos.
Reações internacionais
A execução já começa a gerar repercussão fora do Japão. Organizações como a Anistia Internacional condenaram a medida, classificando a pena de morte como uma violação dos direitos humanos fundamentais.
Por outro lado, parte da população japonesa apoia a manutenção da pena capital, argumentando que ela serve como medida de justiça para crimes hediondos e como forma de proteção à sociedade.