Imagine sair do banco depois de sacar seu dinheiro e, de repente, ser abordado por uma mulher simpática que diz ter encontrado uma nota de alto valor no chão. Parece sorte, não? Pois é exatamente assim que começava o golpe aplicado por uma mãe e sua filha adolescente em Goiás.
A polícia prendeu as duas nesta semana — e a história é tão absurda que parece roteiro de filme. A estratégia? Simples, mas eficaz: enquanto a mãe, de 38 anos, distraía a vítima com a suposta nota perdida, a filha, de apenas 16, aproveitava para fisgar a carteira ou o celular do distraído.
"Era tudo muito rápido"
Segundo delegados, a dupla agia em frente a agências bancárias, escolhendo alvos que pareciam mais vulneráveis — idosos ou pessoas carregando sacolas, por exemplo. "Elas tinham uma habilidade impressionante para sumir antes que a vítima percebesse o sumiço dos pertences", contou um agente, que pediu para não ser identificado.
Detalhe macabro: quando a abordagem inicial não funcionava, partiam para o plano B. A adolescente fingia passar mal, criando um alvoroço que facilitava o roubo. Criatividade sinistra, não?
Como foram pegas
O esquema durou meses até que um cliente mais atento notou o sumiço da carteira no exato momento em que a garota se afastava. Ele gritou, outros presentes reagiram, e a dupla tentou fugir — sem sucesso. Na delegacia, a mãe assumiu autoria de pelo menos 15 golpes.
Pior: investigações revelaram que ensinava a filha a "trabalhar" desde os 14 anos. "É um caso triste, de transmissão geracional da criminalidade", lamentou o delegado responsável.
As duas responderão por roubo e formação de quadrilha (sim, mesmo sendo família). Enquanto a mãe foi encaminhada ao presídio, a adolescente está em unidade socioeducativa. Moral da história? Desconfie até da sua sombra — literalmente.
