
A situação estava insustentável. Uma verdadeira avalanche de queixas chegou até os gabinetes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e a reação, desta vez, foi rápida e contundente. O contrato com a financeira Fênix Capital S/A está suspenso. Imediatamente.
Não foi uma decisão tomada de ânimo leve, claro. A medida emergencial, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (20), é a resposta oficial a uma série de denúncias graves. Aparentemente, a empresa estaria envolvida em operações de empréstimo consignado que cheiram muito, mas muito mal.
O Modus Operandi da Fraude
Imagine você, aposentado, recebendo uma ligação ou uma visita inesperada. Oferecem condições mirabolantes, um dinheiro rápido para resolver aquele problema. Soa familiar? Pois é. As vítimas relatam que a Fênix Capital agia de forma sorrateira, muitas vezes sem a devida autorização. O pior? Cobrando valores que simplesmente não batiam com o combinado. Uma verdadeira arapuca financeira armada contra quem já deu duro a vida toda.
O INSS, pressionado por essa onda de relatos, não viu outra saída a não ser puxar o freio de emergência. A suspensão, é bom que se diga, não é definitiva. Mas serve como um tiro de advertência. A financeira agora tem um prazo — e olhe lá — para se explicar e apresentar uma defesa robusta. Se não convencer, o contrato vai para o espaço de vez.
E Agora, José?
Para o cidadão que já foi lesado, a pergunta que fica é: o que fazer? A primeira e mais importante recomendação é ficar com os dois pés atrás. Desconfie de propostas milagrosas, especialmente aquelas que chegam sem você nem ao menos procurar. O consignado é uma operação séria, mas que atrai like uma luz atrai mariposa os golpistas de plantão.
O caminho, sempre, é a denúncia. Procurar a defensoria pública, o próprio INSS ou até mesmo registrar um boletim de ocorrência pode ser o primeiro passo para frear esses criminosos de colarinho branco. Afinal, o seu suado benefício não pode virar presa fácil para gente sem escrúpulos.
Esta história, meus amigos, é mais um capítulo triste na luta contra os que querem tirar vantagem dos mais vulneráveis. Mas também é um sinal de que, quando a pressão vem de baixo, as coisas podem, sim, começar a mudar.