Funcionária presa por aplicar golpe de R$ 1 milhão em empresa com boletos falsos no ES
Funcionária presa por golpe de R$ 1 mi com boletos falsos

Imagine a cena: uma funcionária de confiança, há anos na empresa, meticulosamente tecendo uma teia de engano que durou nada menos que quatro anos. Pois é exatamente isso que aconteceu em Vitória, no Espírito Santo, e o estrago foi colossal — mais de um milhão de reais sumiram dos cofres da empresa.

A artífice desse esquema audacioso? Uma mulher de 46 anos, cujo nome não foi divulgado, responsável por… pasme… emitir boletos de cobrança. Só que ela tinha um talento especial para a criatividade criminosa. Em vez dos boletos legítimos, ela gerava documentos falsos, com valores e dados alterados, e os enviava diretamente para o patrão pagar. Sim, o próprio chefe era enganado pela sua subordinada.

O esquema era tão bem armado que funcionou de 2019 até 2023. Quatro longos anos desviando dinheiro sob o nariz de todo mundo. A farsa só veio abaixo quando, finalmente, alguém resolveu cruzar os dados e notou uma discrepância assustadora nas contas. Aquele frio na barriga de quem descobre que foi feito de trouxa.

A Polícia Civil capixaba não perdeu tempo. Na última terça-feira (19), cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa da suspeita, em Cariacica. E olha só o que encontraram: uma porção de documentos que comprovam a maracutaia, incluindo vários celulares que ela usava para forjar as cobranças e aplicar o golpe.

Não deu outra. A mulher foi levada para a cadeia, acusada de estelionato — e olha, não é qualquer estelionato, hein? É aquele qualificado, por ser contra o patrimônio de uma empresa. A pena para esse tipo de crime? Pode chegar a oito longos anos de reclusão. Duro, muito duro.

O que mais choca nessa história toda — além do valor astronômico — é o nível de confiança quebrado. Não foi um hacker anônimo de outro país. Foi uma funcionária do dia a dia, que provavelmente dava 'bom dia' todo santo dia enquanto planejava o próximo boleto falso. Isso nos faz pensar: até que ponto podemos confiar cegamente nos processos internos?

O caso segue sob investigação, é claro. Os policiais ainda vasculham os aparelhos apreendidos para entender a real dimensão do prejuízo e descobrir se havia mais alguém envolvido nessa trama. Uma lição caríssima, literalmente, sobre a importância de auditorias rigorosas e da desconfiança saudável.