Operação da PF desmantela esquema de fraude bancária na Caixa
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (14) uma operação para investigar um sofisticado esquema de fraudes bancárias contra a Caixa Econômica Federal em Campos dos Goytacazes, região norte do estado do Rio de Janeiro. A ação policial teve como alvo uma servidora da instituição financeira que atuava sozinha em um elaborado plano criminoso.
Como funcionava o esquema fraudulento
De acordo com as investigações, a funcionária da Caixa praticava irregularidades de forma individual, concentrando suas atividades em três frentes principais: alteração irregular de dados cadastrais de clientes, reemissão indevida de cartões bancários e realização de saques presenciais em terminais de autoatendimento. O esquema também incluía contratações suspeitas de cartões de crédito em nome das vítimas.
Os investigadores descobriram que a suspeita aproveitava seu acesso interno aos sistemas da instituição para manipular informações de clientes sem autorização. "Ela alterava cadastros de forma ilegal e depois reemitia cartões para endereços sob seu controle", explicou um dos investigadores envolvidos na operação.
Rastreamento e descoberta das fraudes
A investigação teve início após relatórios internos da Caixa identificarem movimentações atípicas nas agências de Campos dos Goytacazes. Os alertas incluíam:
- Manipulação sistemática de informações em contas de clientes
- Diversos cartões reemitidos para um mesmo endereço
- Saques realizados em diferentes agências da cidade
Até o momento, as investigações já identificaram 52 clientes que tiveram seus cadastros alterados de forma irregular. O prejuízo total estimado para os correntistas atingiu a marca de R$ 500 mil.
Resultados da operação policial
Durante a ação, os policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão nos bairros Parque Tamandaré e Centro, ambos localizados em Campos dos Goytacazes. As determinações judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Niterói.
Os agentes apreenderam importantes evidências, incluindo:
- Dois aparelhos celulares
- Dois notebooks
- Sete cartões bancários em nome de terceiros
- Diversos documentos relacionados às fraudes
Além das medidas de busca e apreensão, a investigada recebeu medidas cautelares diversas da prisão, conforme decisão judicial. A servidora agora poderá responder pelos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informação, peculato e furto qualificado.
A Agência Brasil tentou contato com a Caixa Econômica Federal para obter um posicionamento oficial sobre o caso, mas ainda aguarda retorno da instituição financeira.