
Numa ação que parece saída de um roteiro de filme, a polícia desbaratou uma quadrilha especializada em ataques cibernéticos contra empresas de tecnologia. O esquema — que vinha agindo como uma faca quente no silêncio da dark web — já havia causado prejuízos milionários.
Cinco suspeitos foram algemados nesta segunda-feira (29), após meses de investigação que envolveram desde rastreamento de transações suspeitas até análise forense digital. O que choca? A sofisticação dos métodos. Eles não eram amadores digitando códigos em porões escuros, mas especialistas que sabiam exatamente onde apertar para fazer o dinheiro escorrer.
O modus operandi que enganou até sistemas avançados
Os criminosos usavam uma combinação de:
- Phishing direcionado (e-mails tão bem feitos que enganavam até gerentes experientes)
- Exploração de vulnerabilidades em softwares corporativos
- Lavagem de dinheiro através de criptomoedas e contas fantasmas
"Eles tinham horários estratégicos para agir — sempre no fim de semana ou à noite, quando as equipes de TI estavam reduzidas", revelou um delegado que preferiu não se identificar. Coincidência? Difícil acreditar.
R$ 5 milhões recuperados: como o dinheiro foi encontrado
Através de uma rede complexa de transações internacionais, parte do dinheiro já estava sendo "limpo" em paraísos fiscais. Mas os investigadores conseguiram seguir o rastro digital — uma verdadeira caça ao tesouro 2.0 que envolveu:
- Bloqueio de contas em três países diferentes
- Confisco de equipamentos de última geração
- Identificação de laranjas que movimentavam os valores
Curiosamente, um dos suspeitos mantinha vida dupla — durante o dia, trabalhava como consultor de segurança digital para pequenas empresas. Ironicamente, ou não?
As vítimas? Grandes nomes do setor de tecnologia, que preferiram não se identificar para evitar danos à imagem. "É o tipo de caso que faz qualquer CEO perder o sono", comentou um especialista em segurança cibernética.