Padrasto do Rio Preso por Criar Perfil Falso e Assediar Enteada nas Redes Sociais
Padrasto preso por assediar enteada com perfil falso

Imagine a cena: uma adolescente, navegando tranquilamente pelas redes sociais, quando recebe uma mensagem de um desconhecido. O que parecia ser mais um contato qualquer revelou-se um pesadelo cuidadosamente arquitetado - e pior, vindo de dentro da própria casa.

A Polícia Civil do Rio fez uma prisão que deixa qualquer um de cabelo em pé. Um padrasto, desses que você vê no almoço de domingo, foi preso acusado de criar um perfil falso nas redes sociais especificamente para assediar a própria enteada. A menina, só para contextualizar, tem 16 anos - idade em que a vulnerabilidade bate à porta com força.

O Golpe Veio de Casa

O caso, que parece roteiro de filme de terror moderno, começou a ser desvendado em setembro. A mãe da jovem - pasmem - foi quem acionou a polícia depois que a filha confessou estar sendo chantageada virtualmente. O "fantasma" das redes sociais pedia... adivinhem? Fotos nuas. Sim, aquela violação repugnante que destrói a autoestima de qualquer adolescente.

E aqui vem o detalhe mais sinistro: o investigador Bruno Alves, da 76ª DP (Abolição), notou algo peculiar no modus operandi. O criminoso virtual conhecia detalhes íntimos da rotina da família. Coisas que só quem convive no dia a dia poderia saber. Foi aí que a ficha caiu.

Investigação Digital Não Deixa Rastro

A polícia mergulhou no mundo digital e descobriu que o perfil falso havia sido criado usando número de telefone de um laranja. Mas os investigadores são bons no que fazem - rastrearam o IP usado para acessar a conta. Advinhem de onde vinha? Exatamente da residência da vítima.

O padrasto, um homem de 36 anos que deveria proteger, foi quem armou a cilada. Quando confrontado, tentou se fazer de desentendido. Mas a evidência digital é implacável. Ele foi detido nesta terça-feira (8) e agora responde por importunação sexual contra vulnerável - crime que pode render de 2 a 5 anos de cadeia.

O delegado Fábio Luiz, que coordenou as investigações, soltou uma frase que resume tudo: "A internet não é terra sem lei". E complementou, com a autoridade de quem vê casos assim diariamente, que crimes contra a dignidade sexual de menores são tratados com prioridade absoluta.

O que mais assusta nesse caso todo não é apenas a violência em si, mas a quebra de confiança absoluta. A menina deve estar se perguntando: em quem confiar, se nem dentro de casa está segura?