Jovem é preso em Minas Gerais por vender 'drogas gourmet' via WhatsApp e usar app de entregas
Jovem preso por vender drogas gourmet via WhatsApp em MG

Era supostamente um negócio discreto — quase invisível, diriam alguns. Funcionava nos bastidores do digital, onde um jovem de 22 anos movimentava um comércio ilegal com a cara da modernidade. Anúncios sutis, linguagem codificada, e uma logística que incluía até aplicativo de entregas. Gourmetização do crime, como se fosse um serviço premium.

Mas a estratégia — que parecia infalível — ruiu na última sexta-feira (22). Uma operação da Polícia Militar em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, culminou na prisão do suspeito. Ele era investigado há tempos, e a queixa de moradores deu o start a tudo.

O modus operandi era, de fato, criativo. Usava o WhatsApp como vitrine virtual — catálogo de substâncias proibidas disfarçadas de oportunidade única. Maconha, skunk, haxixe… Tudo muito bem embalado, muito bem anunciado. E o toque final: um app de entregas para fazer chegar aos clientes, como se fosse comida japonesa ou um lanche.

“Era questão de tempo”, disse um dos PMs

Durante a ação, os policiais apreenderam nada menos que 49 porções de maconha, 6 de skunk e 4 de haxixe. Tinha também uma balança de precisão — aquelas de pesagem milimétrica — e mais de R$ 700 em dinheiro. Tudo muito organizado, muito profissional.

Parece roteiro de série, mas é a realidade do tráfico em 2025. Criminosos se apropriam de ferramentas do cotidiano — apps, delivery, redes sociais — e transformam o ilegal em commodity digital.

O jovem foi levado para a delegacia, autuado por tráfico de drogas. Agora, responde perante a Justiça. E a pergunta que fica é: quantos outros operam assim, escondidos atrás de smartphones e serviços de entrega?

Uma coisa é certa: a PM em Minas segue em alerta. E avisa que não vai baixar a guarda para negócios ilícitos vestidos de innovation.