A evolução da inteligência artificial tem aberto portas para uma nova forma de violência contra as mulheres: a criação de montagens digitais de nudes falsos. Essas imagens, geradas por ferramentas de IA, estão se tornando cada vez mais realistas e difíceis de distinguir de fotos reais, expondo milhares de mulheres a situações de constrangimento, assédio e até chantagem.
O perigo das deepfakes e montagens íntimas
Com apenas algumas fotos públicas de uma pessoa, softwares avançados são capazes de gerar imagens íntimas falsas em questão de minutos. Essa tecnologia, que deveria ser usada para fins criativos, está sendo aproveitada por criminosos para humilhar, ameaçar e extorquir mulheres.
Como isso afeta as vítimas?
- Danos à reputação e vida social
- Transtornos psicológicos como ansiedade e depressão
- Risco de extorsão e chantagem emocional
- Exposição não consentida na internet
Falta de legislação específica
No Brasil, ainda não há leis específicas que punam diretamente a criação e divulgação desse tipo de conteúdo manipulado. As vítimas precisam recorrer a outros artigos do Código Penal, como calúnia, difamação ou injúria, o que muitas vezes dificulta a responsabilização dos agressores.
Como se proteger?
- Controle quem pode ver suas fotos nas redes sociais
- Use configurações de privacidade restritivas
- Cuidado com fotos em poses que possam ser manipuladas
- Denuncie imediatamente qualquer conteúdo falso
Especialistas alertam que, com o avanço da tecnologia, esses casos tendem a aumentar, exigindo maior conscientização da sociedade e ações mais efetivas das autoridades para proteger as vítimas dessa nova forma de violência digital.
