
Era um esquema tão repugnante que até os investigadores experientes se surpreenderam com a audácia. Um casal, cujos nomes ainda não foram divulgados, transformou intimidade em arma - e alvos idosos em vítimas fáceis.
Funcionava assim: após conquistar a confiança dos idosos (geralmente solitários e com boa situação financeira), os criminosos induziam a troca de fotos íntimas. Depois? O velho chantagista "pague ou eu vazo" ganhava versão digital.
O modus operandi que envergonha
Segundo delegados, os suspeitos:
- Criavam perfis falsos em aplicativos de relacionamento
- Investiam semanas construindo relacionamentos virtuais
- Gradualmente introduziam conversas de cunho sexual
- Armazenavam todo o material comprometedor
Quando a vítima menos esperava - pum! - vinha a ameaça: "Ou deposita X mil reais, ou essas fotos vão parar no grupo da família toda no WhatsApp". Cruel? Sem dúvida. Eficiente? Infelizmente, sim.
O desfecho policial
A prisão aconteceu após uma denúncia anônima - dessas que fazem a gente ainda acreditar no instinto de solidariedade humana. Na casa dos suspeitos, a polícia encontrou:
- 5 celulares de última geração
- Anotações detalhadas sobre as vítimas
- R$ 28.000 em espécie (sim, dinheiro vivo)
- Computadores com dados de possíveis novos alvos
O que mais chocou foi a frieza. "Eles tinham até uma planilha Excel organizando os valores extorquidos por vítima", revelou um agente, visivelmente indignado.
Pra piorar, os investigadores suspeitam que esse casal seja apenas a ponta do iceberg. A delegacia já identificou pelo menos 7 idosos extorquidos só nos últimos 3 meses - e o montante roubado passa fácil dos R$ 200 mil.
Enquanto isso, nas redes sociais, o caso já ganhou apelidos nada lisonjeiros: "Golpe da Vergonha Digital" ou "Sequestro de Imagens". E a pergunta que fica: até quando nossa sociedade vai permitir que a solidão e a ingenuidade sejam exploradas dessa forma?