
Parece que o Senado finalmente acordou para um problema que muitos pais já vinham alertando há tempos. A CPI que investiga a exposição indiscriminada de crianças na internet acaba de atingir um marco significativo: 70 assinaturas de senadores. Não é pouca coisa, viu?
O que começou como uma discussão quase marginal — quem nunca viu aqueles vídeos de crianças sendo usadas como "garoto-propaganda involuntário" por influencers parentais? — virou caso sério. A comissão quer mapear desde os riscos de dados vazados até situações extremas de aliciamento digital.
Por que isso importa agora?
Dois motivos saltam aos olhos: primeiro, o Brasil está no top 5 de países com mais "sharenting" (aquele hábito de postar cada passo dos filhos). Segundo, casos de sequestro de imagem infantil explodiram — só em 2024, o Disque 100 registrou aumento de 40% nas denúncias.
- 70 senadores de diferentes partidos apoiaram
- Foco em plataformas de vídeos e redes sociais
- Possível regulamentação para conteúdo com menores
E olha só a ironia: enquanto alguns criadores de conteúdo juram que "só compartilham momentos familiares", especialistas apontam que um único post pode render até R$ 15 mil em patrocínios não declarados. Conveniente, não?
O que vem por aí?
Se depender do relator, teremos audiências polêmicas. Grandes plataformas digitais serão convocadas — e aqui vai um palpite: preparem-se para aquelas respostas evasivas do tipo "estamos comprometidos com a segurança" enquanto lucram bilhões com engajamento infantil.
Mas calma, nem tudo são críticas. Algumas vozes no Congresso defendem medidas educativas em vez de proibições. "Não adianta demonizar a tecnologia se os adultos não entendem configurações de privacidade", disparou uma senadora durante a sessão.
Uma coisa é certa: esse debate veio para ficar. E você, acha que legislação resolve ou o problema começa dentro de casa?