Parece inacreditável, mas infelizmente é verdade. A cidade de Embu das Artes, na Grande São Paulo, foi palco de uma daquelas cenas que a gente nunca esquece – e que preferia nem ter visto. A polícia, agindo rápido depois de um monte de denúncias que não paravam de chegar, acabou descobrindo uma situação de aperto o coração de qualquer um.
Mais de cem cachorros. É isso mesmo, você não leu errado. Mais de cem animais, a maioria da raça poodle, vivendo num cenário de total abandono e negligência. A dona do chamado 'canil', uma mulher de 67 anos, foi levada pra cadeia de forma preventiva. A justiça não perdoou.
O Cenário de Horror Descoberto Pelas Autoridades
Quando os agentes chegaram ao local, a imagem era desoladora. Os animais estavam confinados em espaços minúsculos, sem a menor condição de higiene. Muitos deles – e é difícil até escrever isso – apresentavam sinais claros de maus-tratos, com feridas abertas, pelos embaraçados e cheios de parasitas.
O cheiro era insuportável. A sujeira, generalizada. E o pior: falta de comida e água adequadas. Uma verdadeira sentença de sofrimento para criaturas tão indefesas.
Uma Operação que Exigiu Mãos à Obra
O resgate não foi nada simples. Imagine só coordenar a retirada segura de mais de uma centena de animais assustados e, em muitos casos, debilitados. Foi necessário um verdadeiro esforço conjunto, com a participação de veterinários, voluntários de ONGs de proteção animal e é claro, das forças policiais.
Cada cão foi examinado, tratado e encaminhado para um local onde pudesse, finalmente, receber o cuidado e o carinho que merecia. Um trabalho hercúleo, mas feito com um propósito nobre: dar uma segunda chance a esses bichinhos.
O Que Diz a Lei?
A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) não é branda com esse tipo de coisa. Praticar abuso, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados é crime, com pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. E se tem uma coisa que o caso de Embu das Artes mostrou foi que a justiça tá de olho.
A decisão pela prisão preventiva da proprietária do canil sinaliza a seriedade com que as autoridades estão tratando o caso. Não se brinca com a vida e o bem-estar dos animais.
Enquanto os cães resgatados começam uma longa recuperação, o caso segue sob investigação. A pergunta que fica é: como situações assim ainda conseguem acontecer? É um alerta para que todos nós fiquemos atentos e não calemos diante de qualquer suspeita de crueldade. Afinal, os animais não têm voz. A nossa precisa ser a voz deles.
