
Um homem foi formalmente indiciado pela Polícia Civil de Sergipe nesta quarta-feira (3) por supostos maus-tratos contra sete cães em Aracaju. O caso, que veio à tona após denúncias de vizinhos, chocou a comunidade local e reacendeu discussões sobre a necessidade de maior rigor na legislação de proteção animal.
Segundo as investigações, os animais eram mantidos em condições precárias, sem acesso adequado a água, comida e abrigo. Alguns apresentavam sinais de desnutrição e ferimentos não tratados. As denúncias partiram de moradores da região, que relataram ter ouvido os cães uivando de dor e fome.
Como o caso foi descoberto
A polícia foi acionada após múltiplas reclamações no bairro onde os cães estavam confinados. Ao chegar ao local, os agentes encontraram:
- Sete cães de diferentes portes e raças
- Água suja e comida estragada nos recipientes
- Ausência de abrigo adequado contra sol e chuva
- Sinais evidentes de negligência prolongada
Reação das autoridades
O delegado responsável pelo caso afirmou que o indiciamento foi baseado no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), que prevê pena de três meses a um ano de detenção, além de multa, para quem praticar ato de abuso ou maus-tratos contra animais.
Os cães foram resgatados e encaminhados para cuidados veterinários. Uma ONG local se ofereceu para abrigar temporariamente os animais até que sejam encaminhados para adoção responsável.
Impacto na comunidade
O caso gerou comoção entre os moradores de Aracaju, com diversas manifestações nas redes sociais pedindo justiça para os animais. Especialistas em direito animal aproveitaram para reforçar a importância da denúncia em casos de suspeita de maus-tratos.
"Situações como esta mostram que precisamos estar atentos e não hesitar em denunciar quando suspeitarmos de crimes contra animais", comentou uma representante de uma organização de proteção animal da cidade.