
Imagina a cena: três horas da manhã, a cidade praticamente dormindo, e de repente… o pesadelo. Foi assim para um médico e duas enfermeiras que caíram na mira de bandidos nesta terça-feira (20), no Itaim Paulista, Zona Leste da capital paulista. Três marginais, todos armados, simplesmente cercaram o carro dos profissionais – que, imagino, estavam exaustos depois de um plantão – e anunciaram o assalto.
O clima, com certeza, foi de puro desespero. E olha, não é pra menos. Você tá no seu carro, pensando em chegar em casa e descansar, quando do nada aparece uma arma apontada pra sua cabeça. Os bandidos, segundo as primeiras informações, não estavam pra brincadeira. Ordenaram que todos saíssem do veículo e, pasmem, ainda fizeram as vítimas de reféns dentro do próprio carro enquanto fugiam. Que audácia!
Mas aí a história toma um rumo – um pouco – mais esperançoso. Graças a um rápido acionamento da PM, uma equipe do CPI-9 conseguiu localizar o carro roubado e iniciou uma perseguição. O que se seguiu foi uma daquelas correrias cinematográficas, com os criminosos tentando despistar os policiais pelas ruas da região. No final, dois deles, um de 20 e outro de 22 anos, não conseguiram escapar e foram capturados. A perícia, é claro, já foi acionada para coletar evidências no veículo, que voltou para as mãos dos legítimos donos.
O que ficou pra trás
O terceiro envolvido, no entanto, sumiu no mapa. Ele conseguiu fugir do local a pé, desaparecendo entre as ruas e becos – e agora é mais um procurado pela polícia. O que me deixa pensando: onde será que ele se esconde? E será que vai cometer outro crime pra se sustentar?
Os dois que foram presos já passaram por aquela triagem de praxe no 62º DP (Jardim Verônia) e, como era de se esperar, foram autuados em flagrante por roubo majorado – que, pra quem não sabe, é quando o crime é cometido por grupo ou com restrição da liberdade da vítima. Agora, aguardam a decisão de um juiz sobre seu futuro. Torço para que a Justiça seja rápida e eficaz, mas sabemos como essas coisas podem demorar…
Os profissionais de saúde, felizmente, saíram ilesos fisicamente. Mas e psicologicamente? É difícil mensurar o trauma de uma experiência dessas. Eles voltaram pra casa, com certeza abalados, mas vivos. E isso, no fim das contas, é o que mais importa.
Esse caso escancara, mais uma vez, a violência urbana que assombra não só São Paulo, mas todo o país. Profissionais essenciais, que dedicam suas vidas a cuidar dos outros, sendo vítimas de uma covardia dessas. É de revirar o estômago. A pergunta que fica é: até quando?