Uma nova mortandade de peixes foi registrada em diferentes pontos da represa Billings, na zona sul da capital paulista. A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) confirmou o caso e enviou técnicos para os locais no último domingo (21) para realizar as investigações necessárias.
Causa do problema identificada
De acordo com a companhia ambiental, as avaliações preliminares apontaram para um fenômeno de floração de microalgas. Este evento está diretamente associado às condições climáticas e do corpo d'água, especificamente às altas temperaturas e à baixa circulação da água, fatores que provocam uma redução crítica no oxigênio disponível para a fauna aquática.
"A Companhia segue acompanhando o caso", informou a Cetesb em nota oficial. A represa Billings é um manancial estratégico, utilizado para o abastecimento de água na região metropolitana de São Paulo, o que aumenta a preocupação com o episódio.
Cenas registradas e alertas à população
Vídeos que circularam amplamente nas redes sociais mostraram a dimensão do problema, especialmente na região do Jardim Gaivotas, no distrito do Grajaú. As imagens exibiam dezenas de peixes boiando em águas com coloração esverdeada, uma característica visual comum durante florações algais.
Diante da situação, a Cetesb emitiu um alerta importante para a população. A orientação é que, em locais onde a água apresente coloração esverdeada e formação de espumas ou natas, as pessoas devem:
- Evitar nadar, pescar ou praticar esportes aquáticos.
- Não consumir peixes provenientes dessas áreas.
- Impedir o contato de animais domésticos e de criação com a água.
Não é o primeiro caso recente
Este não é um incidente isolado na represa Billings. Em setembro de 2024, milhares de peixes também foram encontrados mortos, mas em uma área do manancial localizada no município de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Na ocasião, a causa identificada foi a mesma: uma intensa floração de microalgas, reforçando um padrão de problema ambiental relacionado às condições do reservatório.
A repetição do evento em um curto intervalo de tempo acende um sinal de alerta sobre a saúde do ecossistema da represa, que sofre com a combinação de fatores naturais, como o calor, e possivelmente antrópicos.