Desmatamento na Amazônia cai 19%: governo celebra, mas desafios persistem
Desmatamento na Amazônia cai 19% em 2024

O desmatamento na Amazônia Legal registrou uma queda de 19% entre agosto de 2023 e julho de 2024, segundo dados do sistema DETER, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A redução foi comemorada pelo governo federal como um sinal de que as políticas ambientais estão surtindo efeito, mas especialistas alertam que os números ainda são preocupantes e exigem ações mais contundentes.

Os números do desmatamento

De acordo com os dados divulgados, foram desmatados 5.143 km² no período, contra 6.340 km² no ano anterior. Apesar da queda, a área desmatada ainda equivale a mais de três vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

Os estados que mais contribuíram para a redução foram:

  • Pará: redução de 23%
  • Mato Grosso: queda de 18%
  • Amazonas: diminuição de 15%

Reações ao relatório

O ministro do Meio Ambiente, Marina Silva, classificou os dados como "um passo importante", mas reconheceu que "o caminho ainda é longo". Já organizações não governamentais destacaram que, apesar da melhora, o patamar de desmatamento continua alto e ameaça os compromissos climáticos do Brasil.

"A redução é bem-vinda, mas precisamos acelerar o ritmo se quisermos cumprir a meta de desmatamento zero até 2030", afirmou o coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil.

Desafios futuros

Analistas apontam três principais desafios para os próximos anos:

  1. Fortalecer a fiscalização em áreas críticas
  2. Ampliar alternativas econômicas sustentáveis para as populações locais
  3. Melhorar a rastreabilidade de produtos agrícolas para combater o desmatamento indireto

O governo federal prometeu lançar nos próximos meses um novo pacote de medidas para intensificar a proteção da Amazônia, incluindo o uso de tecnologia de ponta no monitoramento e novas parcerias internacionais.