Os corredores da COP 30 em Belém do Pará estão tomados por uma expectativa palpável. Nesta terça-feira (11 de novembro de 2025), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fará um anúncio que promete redefinir completamente o mercado de créditos de carbono no Brasil.
O que muda com a certificadora do BNDES
O lançimento oficial de uma certificadora de créditos de carbono liderada pelo BNDES representa um movimento estratégico para posicionar o Brasil na vanguarda da economia verde global. A iniciativa conta com a parceria de uma grande instituição financeira e outras entidades, criando a base necessária para conferir credibilidade e transparência a um mercado que até agora era marcado por incertezas.
Esta certificadora chega como uma solução essencial para conquistar a confiança internacional no mercado verde nacional, funcionando como o xeque-mate que o setor necessitava. Depois da necessária regulamentação geral, que já está em curso, o Brasil dá um passo decisivo para destravar seu verdadeiro potencial no mercado de carbono.
Metodologia e preocupações do mercado
Entre os participantes da COP 30, circulam discussões paralelas sobre aspectos cruciais da implementação. Há preocupação quanto à definição clara das atividades que lastreiam a emissão de créditos de carbono, que demandam objetividade para permitir a observância à regulamentação que será editada.
Especialistas comentam que, embora cada certificadora adote metodologias específicas, o fluxo básico abrangerá desde a formulação do projeto até a aposentadoria do crédito de carbono. Este processo rigoroso e eficaz garantirá a integridade ambiental dos créditos negociados.
Valorização dos ecossistemas brasileiros
Uma das missões fundamentais desta nova certificadora é valorizar os ecossistemas brasileiros, com um olhar especial para a Amazônia. A iniciativa representa um divisor de águas, garantindo que o vasto potencial natural do Brasil seja reconhecido e remunerado de forma justa.
A expectativa é que a certificadora do BNDES atraia investimentos que verdadeiramente compreendam e recompensem o valor da floresta em pé. Como ressaltou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, durante as discussões na COP 30: "o mundo precisa entender que um hectare de floresta nativa amazônica não pode ser equiparado a plantações comerciais".
Do ponto de vista da economia ambiental e do direito ambiental, a biodiversidade das florestas tropicais brasileiras representa um capital incomensurável. Ela fornece serviços ambientais vitais para o planeta e constitui uma fonte inesgotável para pesquisa e segurança alimentar global.
Com este importante passo, o Brasil busca consolidar uma posição de destaque nas discussões climáticas globais, sinalizando um compromisso real com a valorização de sua riqueza natural. O país fortalece sua posição como potência ambiental e econômica, abrindo caminho para um futuro onde a preservação e o desenvolvimento caminham juntos.