Operação combate crimes ambientais em parque de Rondônia
A Polícia Civil de Rondônia realizou uma operação significativa na última sexta-feira (7) que resultou na prisão de seis pessoas no Parque Estadual Guajará-Mirim, localizado em Nova Mamoré. A ação tinha como objetivo principal combater crimes ambientais e investigar ataques violentos contra a base de fiscalização da unidade de conservação.
Confronto e tentativa de sabotagem
De acordo com as investigações, os ataques à base de fiscalização ocorreram no dia 2 de abril deste ano. Os criminosos tentaram serrar uma ponte que dá acesso à reserva ambiental, numa clara tentativa de dificultar a atuação dos militares no local.
Quando uma equipe policial foi verificar a situação, foi recebida a tiros pelos suspeitos, iniciando-se um confronto que, felizmente, não resultou em feridos. A situação demonstra a gravidade dos crimes ambientais na região e a ousadia dos infratores.
Prisões e apreensões
A operação cumpriu quatro mandados de prisão preventiva contra suspeitos dos crimes, enquanto outras duas pessoas foram detidas em flagrante durante a ação. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pelas autoridades.
No local, os policiais apreenderam um arsenal considerável: cinco espingardas, mais de 200 munições, um aparelho de GPS e dezenas de equipamentos utilizados para demarcação irregular de áreas dentro do parque.
Operação conjunta e importância do parque
A ação policial contou com a participação integrada das delegacias de Nova Mamoré, Ouro Preto do Oeste e Ji-Paraná, além do apoio fundamental do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM).
O Parque Estadual Guajará-Mirim, criado em 1990, é uma das maiores unidades de conservação de Rondônia, abrangendo uma área impressionante de mais de 200 mil hectares de floresta amazônica na região oeste do estado, na fronteira com a Bolívia.
Considerado um dos últimos grandes blocos de floresta preservada em Rondônia, o parque possui rica biodiversidade e importância estratégica para a conectividade ecológica regional, mas tem sido alvo constante de crimes ambientais devido à pressão por desmatamento e interesses fundiários ilegais.