Parece que as nuvens resolveram despejar toda sua força sobre Rio Branco no mês passado. Setembro chegou com uma fúria aquática que não víamos há tempos — desde 2019, para ser mais exato. A cidade simplesmente nadou em 90 milímetros de chuva, um número que faz qualquer guarda-chuva tremer.
Quem mora aqui já sabe: quando começa, parece que não vai parar mais. E dessa vez foi particularmente intenso. As ruas viraram rios, os bueiros não davam conta, e aquela sensação de estar sempre molhado tornou-se a nova normalidade.
Os Números que Impressionam
Noventa milímetros. Parece pouco? Experimente juntar toda essa água numa superfície plana. Daria para formar uma camada de nove centímetros sobre toda a cidade — uma verdadeira piscina a céu aberto.
E olha que setembro nem é considerado o mês mais chuvoso do ano aqui na região. Normalmente, janeiro e fevereiro é que costumam trazer as maiores precipitações. Mas 2025 resolveu quebrar essa tradição.
Comparação com Anos Anteriores
Quando a gente olha para trás, a coisa fica ainda mais interessante. Desde aquele setembro de 2019 — que também foi bastante molhado — não víamos nada parecido. Os anos intermediários? Bem mais tranquilos, quase diria que comportados.
Isso me faz pensar: será que o clima está mesmo ficando mais extremo? Ou foi apenas um daqueles eventos isolados que acontecem de vez em quando? Difícil dizer com certeza, mas os números estão aí para nos fazer refletir.
O Cotidiano Sob as Chuvas
Imagina a cena: você planeja seu dia, marca compromissos, organiza a rotina. Aí chega setembro e joga tudo por água abaixo — literalmente. O trânsito ficou mais caótico que o normal, os pedestres precisaram desenvolver habilidades de salto sobre poças, e aquela camisa que você deixou secando no varal? Esquece.
Mas nem tudo são transtornos. Tem quem adore esse tempo — os agricultores da região, por exemplo, devem estar satisfeitos. E o ar, depois da chuva, fica com aquele cheiro maravilhoso de terra molhada que a gente só encontra na Amazônia.
O certo é que Rio Branco mostrou, mais uma vez, sua capacidade de lidar com as intempéries. A cidade pode ter ficado encharcada, mas não parou. A vida continuou, mesmo com os pés molhados e guarda-chuvas sempre à mão.
