
Era pra ser mais um dia comum, sabe? Aquele calor típico da região que só um mergulho no rio consegue aliviar. Mas o que começou como um refresco se transformou numa tragédia que deixou todo mundo sem palavras.
Na tarde de domingo, 28 de setembro, o jovem W.P.S.S., de apenas 19 anos, entrou nas águas do Rio Xingu para se banhar. Ele era da etnia Parakanã — um povo que conhece essas águas como a palma da mão. Só que o rio, ah, o rio é imprevisível. E dessa vez mostrou sua face mais cruel.
O pior aconteceu por volta das 16h, perto do porto da cidade. Testemunhas contam que ele simplesmente desapareceu debaixo d'água. Num piscar de olhos. Uma coisa rápida, silenciosa, que pega todo mundo desprevenido.
Corrida Contra o Tempo
Quando perceberam que algo estava errado, o desespero tomou conta. Alguém gritou, outro mergulhou tentando encontrar — mas o rio já tinha feito o que queria. O Corpo de Bombeiros foi acionado na hora, claro. Chegaram rapidinho, botaram os barcos na água, equipes de busca... uma operação que durou horas.
E pensar que ele era tão novo. Dezenove anos — idade de sonhar, de fazer planos, de viver. Uma vida inteira pela frente, interrompida num instante.
Encontro Amargo
Foi só no começo da noite que encontraram o corpo. Já sem vida, é claro. O IML do município ficou responsável pelo caso, e o que sobrou foi aquela sensação de vazio que toda morte prematura deixa.
O que me deixa pensando: quantas vezes a gente subestima a força da natureza? Um rio que parece tão familiar, tão doméstico, pode se tornar mortal num segundo. E não é a primeira vez que acontece algo assim por ali — São Félix do Xingu já viu outras histórias tristes como essa.
A comunidade indígena tá arrasada, como era de se esperar. Perder um jovem desses é como perder um pedaço do futuro. E o pior é que poderia ter sido evitado — mas agora só resta o luto e aquela pergunta que não cala: por que justo ele?
O caso segue sob investigação, mas a verdade é que algumas tragédias não precisam de muita investigação. Às vezes a natureza simplesmente mostra quem manda, e a gente fica lá, pequeno, tentando entender o inexplicável.