
Era pra ser mais um dia normal de trabalho nas colmeias, mas o destino pregou uma peça cruel. Na tarde de segunda-feira (18), o apicultor José Alves da Silva, 52 anos — veterano no manejo de abelhas — virou alvo da própria criação. Um enxame furioso atacou sem piedade, deixando marcas que vão além dos ferimentos físicos.
Testemunhas contam que tudo aconteceu rápido demais. "Ele tava fazendo aquele serviço de sempre, de máscara e tudo, mas as abelhas pareciam possessas", relata um vizinho, ainda abalado. Quando a poeira baixou, José já estava coberto de picadas — um verdadeiro tapete de dor.
O resgate que não chegou a tempo
O Corpo de Bombeiros chegou voando (sem trocadilho), mas a situação já era crítica. Mais de 200 ferroadas — número que até os médicos do Hospital Regional se assustaram. Tentaram de tudo: antialérgicos, hidratação, o protocolo inteiro. O corpo, porém, não aguentou o coquetel tóxico.
E agora? A pergunta que fica é: como prevenir essas tragédias? Especialistas alertam:
- Equipamento de proteção NUNCA é exagero — até a menor fresta vira convite
- Barulho e movimentos bruscos são como gasolina no fogo pra colmeias nervosas
- Tem que conhecer o "humor" das abelhas — dias quentes e úmidos deixam elas à flor da pele
Ah, e se achar que tá sendo atacado? Corra em zigue-zague (sim, igual filme!) e procure abrigo em lugar fechado. Água não adianta — essas danadinhas não são vampiros pra ter medo de líquido.
O outro lado da história
Por trás do susto, uma ironia: as abelhas africanas — essas "matadoras" — são justamente as preferidas dos apicultores pela produtividade. "É tipo domar leão", brinca um colega de profissão, antes de ficar sério: "Mas quando dá errado...".
Enquanto a família se despede de José, o caso reacende o debate sobre segurança no campo. Afinal, quantos "acidentes de trabalho" invisíveis acontecem enquanto a cidade dorme?