
Parece que a briga entre a prefeitura de São Paulo e os aplicativos de transporte está longe de acabar. Dessa vez, a Uber se meteu numa encrenca das grandes — e olha que não é pouca coisa.
A empresa acabou de levar uma multa que não é nada simpática: R$ 398.750. O motivo? Teimosia pura. Mesmo com a proibição das motos por aplicativo durante o mês de janeiro, a Uber seguiu operando como se nada tivesse acontecido.
O que exatamente aconteceu?
Bom, vamos por partes. A prefeitura tinha decretado aquela restrição conhecida como "rodízio" para mototáxis — uma medida que, convenhamos, sempre gera polêmica. Só que a Uber, aparentemente, decidiu fazer ouvidos moucos.
Enquanto outras empresas talvez tenham pensado duas vezes, a Uber manteve seus serviços normalmente. Resultado? A Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito não perdoou e aplicou a multa no último dia 26 de setembro.
E não foi por falta de aviso, hein? A proibição estava lá, clara como água. Mas a empresa, seja por cálculo estratégico ou simplesmente por achar que poderia escapar, preferiu arriscar.
O valor que dói no bolso
R$ 398 mil não é brincadeira — mesmo para uma gigante como a Uber. É dinheiro que poderia estar sendo usado em mil outras coisas, mas que agora vai direto para os cofres públicos.
O que me faz pensar: será que valeu a pena o risco? Aparentemente, a empresa achou que sim, mas a conta chegou — e com juros, podemos dizer.
O mais curioso é que essa não é a primeira vez que rola uma situação dessas. A relação entre prefeitura e aplicativos sempre foi... bem, complicada. Cheia de idas e vindas, como um relacionamento amoroso conturbado.
E os motoboys nessa história?
Ah, essa é a parte que mais me preocupa. Enquanto as empresas brigam com a prefeitura e levam multas milionárias, quem acaba no olho do furacão são os trabalhadores.
Imagina a situação: você é motoboy, depende desse trabalho para sustentar sua família, e do nada aparece uma restrição que pode te deixar sem renda. Complicadíssimo.
E pior: se a empresa decide ignorar as regras, são esses profissionais que ficam mais expostos — tanto a multas quanto aos perigos do trânsito.
O que esperar do futuro?
Bom, se tem uma coisa que aprendemos com essa história toda é que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. Enquanto prefeitura e aplicativos se degladiam, a população — tanto usuária quanto trabalhadora — fica no fogo cruzado.
Será que essa multa vai fazer a Uber repensar suas estratégias? Ou será que é só mais um capítulo numa briga que parece interminável?
Uma coisa é certa: em São Paulo, a guerra pelo asfalto está longe de terminar. E dessa vez, quem pagou o pato — literalmente — foi a Uber.
Resta saber se a lição foi aprendida, ou se vamos ver novos capítulos dessa novela em breve. Na cidade que nunca para, parece que as confusões no trânsito também não.