
Numa dessas manhãs de segunda-feira que prometiam a rotina de sempre, algo diferente acontecia nas escolas estaduais de São Paulo. De repente, sem aviso prévio, fiscais do Tribunal de Contas do Estado (TCE) chegavam para botar os olhos — e o paladar teórico — na merenda servida aos estudantes.
E não foi pouca coisa não. A operação abrangeu nada menos que 371 escolas espalhadas pelo estado inteiro. Uma verdadeira blitz nutricional que pegou todo mundo de surpresa.
O que exatamente estavam procurando?
Os fiscais tinham uma lista de verificação que daria inveja a qualquer chef exigente. A qualidade dos alimentos era o ponto central, claro, mas iam muito além disso. Verificavam:
- As condições de armazenamento — porque ninguém merece comer coisa guardada de qualquer jeito
- A higiene das cozinhas e áreas de preparo — fundamental, né?
- A adequação dos cardápios ao que foi planejado — prometer é fácil, cumprir que é o desafio
- A quantidade servida — será que tava dando pra encher o bucho da garotada?
E sabe o que é mais interessante? Essa não foi uma ação qualquer. O TCE resolveu fazer diferente — em vez de ficar só na papelada, foram ver com os próprios olhos. Como diz o ditado popular, "o olho do dono é que engorda o boi".
Por que essa fiscalização importa?
Pensa bem: a merenda escolar não é só comida. Para muitas crianças e adolescentes, é a principal — às vezes a única — refeição decente do dia. É o combustível que mantém o cérebro funcionando durante as aulas. Sem uma alimentação adequada, fica difícil aprender qualquer coisa, não é mesmo?
E os números impressionam: estamos falando de milhões de refeições servidas diariamente em todo o estado. Um negócio desse tamanho precisa, sim, ser bem fiscalizado.
O que me faz pensar: será que a gente valoriza suficientemente o trabalho das merendeiras? Essas profissionais que, dia após dia, preparam a comida que alimenta nossos futuros médicos, engenheiros, professores... É para refletir.
E agora, o que vem por aí?
Os fiscais coletaram dados como quem junta peças de um quebra-cabeça. Cada amostra, cada observação, cada registro fotográfico — tudo vira evidência para o relatório final.
Quando estiver pronto — e isso deve levar algumas semanas — o documento vai apontar os acertos e, principalmente, o que precisa melhorar. As escolas que tiverem problemas receberão recomendações específicas. E, em casos mais graves, pode até rolar uma notificação formal.
O que me deixa esperançoso é ver que pelo menos alguém está de olho. Num país onde a corrupção sempre ameaça desviar recursos públicos, ações como essa mostram que a vigilância — literalmente — está presente.
No fim das contas, o que está em jogo é simples: garantir que o dinheiro público está mesmo virando comida de qualidade no prato dos estudantes. Parece básico, mas é fundamental. E você, o que acha? Será que na escola do seu filho a merenda está dentro dos conformes?