Prefeitura de Parelhas é condenada a pagar indenização por falha em mutirão de catarata — veja os detalhes
Prefeitura indenizará paciente por erro em mutirão de catarata

Não é todo dia que a Justiça bate na porta de uma prefeitura por conta de um procedimento médico que saiu errado — mas foi exatamente o que aconteceu em Parelhas, no Rio Grande do Norte. A cidade agora terá que desembolsar uma grana por conta de uma cirurgia de catarata que, digamos, não acabou bem.

O caso? Um paciente — cujo nome não foi divulgado — participou de um daqueles mutirões de saúde que rolam de vez em quando. Sabe como é: fila grande, esperança maior ainda. Só que, depois da faca (ou melhor, do laser), o negócio complicou. E como!

O pós-operatório que virou pesadelo

Segundo a decisão judicial, o coitado teve complicações sérias. Tão sérias que deixaram sequelas no olho operado. Imagina a cena: você acha que vai resolver um problema e acaba com outro ainda pior? Pois é.

O juiz não teve dúvidas: a prefeitura falhou feio. Afinal, quando o poder público organiza esse tipo de ação, assume a responsabilidade pelo que acontece — mesmo que terceiros executem os procedimentos. E olha que a defesa do município até tentou argumentar que não era bem assim… Mas não colou.

Números que impressionam

  • O valor da indenização não foi divulgado — mas sabe-se que é «suficiente para fazer a prefeitura sentir no bolso», segundo fontes próximas ao caso
  • Este não é o primeiro problema em mutirões de saúde na região. Só no último ano, três ações judiciais similares pipocaram
  • O mutirão em questão atendeu mais de 200 pessoas em dois dias de «maratona cirúrgica»

«Isso aqui é caso clássico de quem corre atrás de quantidade e esquece a qualidade», soltou um médico que preferiu não se identificar. E faz sentido. Quando a pressa é inimiga da perfeição, o resultado às vezes sai pela culatra.

E agora, José?

A prefeitura — que ainda pode recorrer — está mais quieta que sapo em dia de caça. Procurada, a assessoria limitou-se a dizer que «analisa os detalhes da decisão antes de se pronunciar». Enquanto isso, o paciente aguarda. E sofre.

Resta saber se esse caso vai servir de alerta para outros municípios. Porque, convenhamos: saúde pública já é complicada sem esses pepinos judiciais. E o pior? Quem paga a conta — literalmente — somos todos nós, contribuintes.

Uma coisa é certa: depois dessa, os mutirões de saúde na região nunca mais serão vistos com os mesmos olhos. E olha que a ironia não foi intencional.