
Parece que em Talismã, no coração do Tocantins, a prefeita Lucivanda Ribeiro resolveu testar os limites da paciência do Ministério Público. E olha, a situação ficou tão absurda que até quem está acostumado com as manobras políticas da região ficou de queixo caído.
Tudo começou quando o MP — aqueles fiscais da lei que não brincam em serviço — apontou um caso claro de nepotismo. José Ribeiro, o pai da prefeita, estava ocupando um cargo na Secretaria de Educação. Cruz credo! A lei é clara: parente próximo não pode ser nomeado assim, de repente.
A dança das cadeiras que deu errado
Diante da pressão, Lucivanda exonerou o pai no último dia 26 de setembro. Mas calma lá que a história não termina aqui. Parece que a prefeita achou que era só mudar o figurino que tudo ficaria bem.
Menos de duas semanas depois — pasmem — José Ribeiro reaparece na administração municipal. Desta vez, na Secretaria de Administração e Finanças. É como aquele ditado: "trocar seis por meia dúzia". Só que, nesse caso, a meia dúzia custa aos cofres públicos.
O MP não engoliu a manobra
O promotor de Justiça Romário Pires Macedo, responsável pelo caso, foi direto ao ponto. Em um ofício enviado à prefeita, ele deixou claro que a nova nomeação configura "flagrante desrespeito" à legislação antinepotismo. E não era brincadeira não.
O que muita gente não percebe é que a lei não proíbe apenas a nomeação inicial. Ela veda qualquer novo cargo, mesmo que em outra secretaria. É como tentar consertar um furo no barco fazendo outro furo do lado.
E agora, José?
O Ministério Público deu um prazo até esta quarta-feira (9) para que a prefeita se manifestasse sobre o caso. A expectativa é que, se a nomeação não for revogada, o MP possa tomar medidas mais drásticas. E ninguém quer saber o que seriam essas medidas, não é mesmo?
O caso de Talismã serve como um daqueles alertas — mais um na longa lista — sobre como algumas administrações municipais ainda tentam encontrar brechas para práticas que todos sabemos que não deveriam existir. O pior? Quem paga a conta somos nós, contribuintes.
Enquanto isso, a população fica observando essa novela, torcendo para que a justiça — essa sim — prevaleça. Porque no final das contas, o que está em jogo é muito mais que um cargo: é a credibilidade da própria administração pública.