Uma operação conjunta do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e da Polícia Civil está desvendando um esquema criminoso que teria desviado a finalidade de setores do Hospital Público do Tocantins para beneficiar pacientes mediante pagamento. As investigações apontam para a existência de um fura-fila organizado para agilizar cirurgias na unidade de saúde.
Esquema desmontado pela Justiça
Nesta terça-feira (4), as forças de segurança cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. A ação, batizada de "Operação Hipócrates", visa apurar a suspeita de que servidores públicos e intermediários atuavam de forma coordenada para vender agilidade em procedimentos cirúrgicos.
Como funcionava o esquema
De acordo com as investigações iniciais, o modus operandi envolvia:
- Identificação de pacientes dispostos a pagar por prioridade
- Intermediação por parte de funcionários ou terceiros
- Desvio da função original de setores hospitalares
- Agendamento preferencial de cirurgias
Impacto no sistema público de saúde
A prática criminosa prejudicava diretamente pacientes que aguardavam na fila regular por procedimentos, violando os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Enquanto cidadãos seguiam o fluxo normal de espera, outros "furariam" a fila através de pagamentos ilegais.
Próximos passos da investigação
As autoridades reforçam que as investigações continuam em andamento e que novos desdobramentos são esperados. O MPTO já instaurou procedimento para apurar responsabilidades e adotar as medidas cabíveis contra os envolvidos.
As informações são do Ministério Público do Tocantins e da Polícia Civil, com base em investigações sigilosas que seguem em curso.