Operação Equestro: MPSC Aponta Fraude de R$ 1 Milhão em Contrato de Equoterapia em Palhoça
MPSC aponta fraude de R$ 1 mi em contrato em Palhoça

Era suposto ser um contrato para ajudar pessoas através da equoterapia, mas virou, nas palavras do MPSC, um verdadeiro campo de manobras irregulares. A Operação Equestro, deflagrada nesta quarta-feira (21), sacode Palhoça com a investigação de um suposto desvio de mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos. O alvo? Um contrato celebrado entre a prefeitura do município e uma associação que oferecia o tratamento com cavalos.

O cerco se fechou de madrugada. Foram cumpridos—não sem certa dose de expectativa—quatro mandados de busca e apreensão. A força-tarefa, um time robusto do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) com suporte da Polícia Civil, vasculhou endereços chave atrás de provas que sustentem as suspeitas.

O X da Questão: Pagamentos por Serviços Fantasmas?

O núcleo da trama, segundo os promotores, é simplesmente estarrecedor. A prefeitura teria feito repasses volumosos à associação, mas a contrapartida—o tal serviço de equoterapia—ou era inexistente ou então executado de forma tão precária que beirava a farsa. Uma daquelas situações em que o papel aceita tudo, mas a realidade… bem, a realidade é bem mais crua.

Os valores não são baixos. Estamos falando de mais de um milhão de reais. Dinheiro público que, em tese, deveria estar melhorando a vida de cidadãos, mas que pode ter seguido outro rumo completamente diferente. O MPSC não divulgou nomes até agora, mas a investigação corre em segredo de justiça—o que sempre dá um sabor a mais de mistério a esses casos.

O que Diz a Prefeitura?

Até o momento, a administração municipal de Palhoça não se manifestou oficialmente sobre a operação ou sobre as acusações. É daquelas situações de silêncio que falam mais alto que mil palavras, não é mesmo? A gente fica se perguntando quando virá a nota de esclarecimento—e qual será o tom dela.

Já a associação envolvida também mantém um perplexo—e convenhamos, estratégico—silêncio. Nada de respostas, apenas o barulho dos cavalos e o eco das perguntas que ninguém quer enfrentar.

E Agora, José?

A operação Equestro ainda está só no começo. Os documentos e materiais apreendidos vão passar por uma triagem minuciosa. Dependendo do que for encontrado, o MPSC já adiantou que pode pedir a quebra de sigilos e, claro, o bloqueio de bens dos investigados—medida padrão para tentar reaver ao menos parte do prejuízo.

É mais um capítulo na longa—e triste—história de desvios na gestão pública. Dessa vez, usando como pano de fundo uma terapia que deveria simbolizar cuidado e esperança. Ironia das grandes.

Fato é que a população de Palhoça merece resposta. E transparência. Enquanto isso, a operação segue seu curso, mostrando que, às vezes, o cavalo não é de troia—mas pode ser, sim, de um jogo muito perigoso.