Prefeito de Sorocaba no Olho do Furacão: MP Questiona Compra de Ozempic Genérico Após Vídeo Polêmico
MP questiona compra de Ozempic em Sorocaba após vídeo

Eis que a política municipal de Sorocaba entra numa saia justa — daquelas que dão o que falar. O Ministério Público resolveu cutucar a prefeitura com vara curta, e não é por pouco. Tudo começou com um vídeo nas redes sociais que, convenhamos, pegou mal. Muito mal.

O prefeito, todo entusiasmado, resolveu gravar um conteúdo promocional — desses que viralizam — falando sobre a aquisição do Ozempic genérico pela rede municipal. Só que o timing, meu caro leitor, foi simplesmente catastrófico. Enquanto ele aparecia sorridente anunciando a novidade, o MP já estava de orelha em pé com as circunstâncias dessa compra.

O Pulo do Gato que Deu Errado

O cerne da questão é simples, mas espinhoso: será que a divulgação midiática do prefeito não teria, digamos, queimado o filme do processo licitatório? O MP quer saber se aquela comunicação toda — que parecia mais marketing eleitoral — não prejudicou a isenção que deveria cercar uma compra pública.

E olha, a quantia não é brincadeira: R$ 1,2 milhão em medicamentos. Uma grana que, convenhamos, poderia estar sendo aplicada em outras áreas da saúde — ou até mesmo em mais doses do próprio remédio, quem sabe?

O Que Diz a Lei — e o Bom Senso

O problema todo gira em torno de uma palavrinha mágica: imparcialidade. Quando um gestor público sai por aí fazendo propaganda de algo que ainda está sendo adquirido, cria-se uma situação no mínimo delicada. É como se o resultado já estivesse pré-definido, entende?

E tem mais: será que todos os fornecedores potenciais tiveram a mesma chance? Ou será que aquele vídeo entusiástico não criou um fait accompli — expressão chique para "fato consumado" — que poderia ter influenciado o processo?

A Resposta da Prefeitura — e o Silêncio que Seguiu

A administração municipal, é claro, se defendeu. Alegou que tudo foi feito dentro da lei, que o processo foi transparente como água de coco — mas o MP não engoliu a história toda. Quer mais detalhes, quer documentos, quer provas concretas.

E o mais curioso: o vídeo sumiu do ar. Pois é, aquele conteúdo que começou toda a confusão simplesmente evaporou das redes sociais. Coincidência? O tempo — e as investigações — dirão.

Enquanto isso, a população fica no limbo: entre a necessidade do medicamento e as dúvidas sobre a lisura do processo. Uma situação que, francamente, ninguém merece.