Eis que a Justiça da Paraíba resolveu dar um puxão de orelha na Prefeitura de Mataraca. Na última quinta-feira (2), o Tribunal de Justiça simplesmente travou o concurso público municipal — e não foi por pouco. A suspeita de irregularidades graves fez com que a corte baixasse a lenha.
Parece que as coisas não estavam tão certinhas assim no processo seletivo. O desembargador José Ricardo Porto, que analisou o caso, não ficou nada convencido com as explicações da administração municipal. Ele simplesmente mandou parar tudo — e olha que o concurso já estava na fase final, com provas aplicadas e tudo mais.
O que exatamente deu errado?
Bom, aí é que está o busílis. A Justiça identificou umas coisinhas meio estranhas no edital. Dizem por aí que os cargos estavam com descrições meio... digamos, criativas. Tão específicas que pareciam feitas sob medida para certas pessoas. Coincidência? O desembargador achou que não.
E não para por aí. Teve também uma questão sobre a banca examinadora. A escolha da organizadora do certame levantou mais sobrancelhas do que novela das oito. Será que seguiram todos os trâmites legais? A Justiça tem suas dúvidas — e elas são grandes.
E os candidatos?
Coitados. Centenas de pessoas que estudaram, se prepararam, gastaram dinheiro com inscrição e material... agora ficam nesse limbo jurídico. Muitos já estavam até se programando para assumir os cargos. Planejavam suas vidas em torno dessa oportunidade — e agora, puf, tudo suspenso.
Um candidato que preferiu não se identificar me contou: "É frustrante, sabe? A gente se dedica, acredita no processo, e do nada vem essa notícia. Parece que jogaram nosso esforço no lixo".
O pior é que ninguém sabe quando — ou se — isso vai se resolver. A suspensão é cautelar, mas pode virar definitiva se as tais irregularidades se confirmarem.
O que a Prefeitura diz?
Até agora, silêncio total. A administração municipal não se manifestou sobre a decisão. Será que vão recorrer? Aceitar a suspensão? Corrigir as falhas? Ninguém sabe, ninguém viu.
O que me preocupa é o prejuízo para a população. Cargos públicos vagos significam serviços essenciais deixando de ser prestados. Saúde, educação, infraestrutura — tudo fica comprometido quando o quadro de servidores não está completo.
Enquanto isso, na Assembleia Legislativa da Paraíba, o deputado João Henrique (fictício, claro) já soltou uma nota repudiando a situação. "Isso é um desserviço à população", disparou. Ele promete cobrar explicações — e tomara que cumpra.
No fim das contas, mais um capítulo na já tão conturbada relação entre administração pública e transparência. Quando será que vamos aprender que atalhos em concursos públicos sempre levam a becos sem saída?
